São Paulo, 1 (AE) - Depois de acompanharem o passeio dos corredores africanos na São Silvestre, os atletas brasileiros se preparam para um novo desafio: conseguir uma vaga para disputar a Olimpíada de Sydney, em setembro. Eles têm até o final de maio para conseguir atingir o índice olímpico estabelecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Até quem já obteve o índice olímpico, como o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, vai tentar melhorar a própria marca. "Temos bons atletas em condições de fazer um tempo ainda melhor que o meu", diz Vanderlei. O país terá direito a três representantes na Maratona.
Marilson Gomes dos Santos, brasileiro melhor colocado na São Silvestre (quarto lugar), vai tentar o índice olímpico na prova dos 10 mil metros. "Ele é um atleta jovem (22 anos) que tem muito a evoluir", indica o técnico Adauto Domingues. Elenílson da Silva e Emerson Iser Bem também vão tentar um lugar nos 5 mil e 10 mil metros. "Está muito difícil, para conseguir a marca terei de quebrar o recorde brasileiro", diz Iser Bem.
A brasileira Cleuza Maria Irineu, que pela segunda vez consecutiva foi a melhor representante do país na prova feminina da São Silvestre (terminou em sexto lugar), vai fazer um trabalho especial de fisioterapia, com o auxílio de uma palmilha
para corrigir um problema crônico no tornozelo direito e tentar melhorar a sua marca nos 10 mil metros e na maratona.
"Tenho a obrigação de levar o nome do Brasil à Olimpíada", afirma Cleuza, que ganhou um carro novo dos patrocinadores da São Silvestre. Márcia Narloch, segunda melhor brasileira na prova de São Paulo (ficou na décima posição), também tenta uma vaga na maratona olímpica.