Yokohama - O estádio Internacional de Yokohama, no Japão, será o palco da decisão da Copa-2002 entre Alemanha e Brasil, às 8h (horário de Brasília) deste domingo. O jogo está sendo considerado pela imprensa especializada como o maior e mais esperado confronto da história dos Mundiais.
Os números comprovam a enorme expectativa criada por este duelo, que acontecerá somente após 72 anos do início da primeira Copa (Uruguai-30) e justamente na primeira do século 21 e organizada conjuntamente por dois países. Juntas, as duas seleções possuem sete títulos mundiais. A do Brasil busca o pentacampeonato e se isolar ainda mais das tricampeãs Alemanha e Itália, enquanto o time germânico tem agora um plano audacioso: igualar o tetracampeonato brasileiro e conquistar o penta daqui a quatro anos – será o país anfitrião da Copa-2006.
Os dois finalistas são as equipes que mais Copas disputaram – Brasil 17 e Alemanha 15, ao lado da Itália. Cada um dos dois países já disputou anteriormente seis finais. O Brasil, que fará sua terceira decisão consecutiva – feito que os alemães já têm em seu currículo – pela primeira vez, saiu de campo vencedor nas Copas da Suécia-58, Chile-62, México-70 e EUA-94. Perdeu em 50, no Maracanã, e em 98, na França. Os germânicos venceram as finais dos Mundiais da Suíça-54, Alemanha-74 e Itália-90. Foram derrotados na Inglaterra-66, Espanha-82 e México-86.
Muitas coincidências marcam a trajetória recente das duas seleções, que podem encerrar a campanha na Coréia do Sul e Japão com a quebra de marcas importantes, além do título. Ambas tentam pela primeira vez ser campeãs e ter o artilheiro da Copa ao mesmo tempo. Ronaldo, com seis gols, e Rivaldo e Klose – com um a menos cada – postulam a chance de terminar a competição como goleador máximo.
A seleção brasileira também terá o capitão Cafu como único atleta da história do futebol mundial a disputar três finais de Copas.
Por isso, no jogo do melhor ataque – Brasil, com 16 gols – contra a defesa menos vazada – Alemanha, apenas um – e do artilheiro Ronaldo diante do eficiente goleiro Oliver Kahn, Scolari e Voller terão a chance de concretizar uma façanha pessoal e dar definitivamente a volta por cima.
O treinador brasileiro terá a volta do meia-atacante Ronaldinho, que não atuou na semifinal contra a Turquia devido à expulsão no duelo com a Inglaterra pelas quartas-de-final. Voller, porém, não poderá contar com o meia Ballack (autor de gols decisivos nas duas últimas partidas), que levou o segundo cartão amarelo na vitória sobre a Coréia do Sul. Seu substituto deve ser Jeremies.




Em Yokohama
Alemanha
Kahn; Metzelder, Ramelow e Linke; Frings, Schneider, Jeremies, Hamann e Bode (Ziege); Klose e Neuville. Técnico: Rudi Voller
Brasil
Marcos; Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho e Roberto Carlos; Ronaldo e Rivaldo. Técnico: Luiz Felipe Scolari
Árbitro: Pierluigi Collina (Itália)
Estádio: Internacional de Yokohama
Horário: 8h (horário de Brasília)