SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Mundial de Natação em Piscina Curta começa nesta quinta-feira (16) em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e a seleção brasileira vai participar da competição desfalcada de dois nomes.

Felipe Lima, especialista nas provas de peito, alegou motivos pessoais para anunciar, na segunda (13), sua desistência. Guilherme Costa, candidato a medalhas nas provas de fundo, citou questões de saúde em postagem nas redes sociais nesta terça (14).

Cachorrão, como Costa é conhecido, também participaria, na sequência, da etapa final do circuito mundial de maratonas aquáticas, na mesma localidade. Mas ele diz ter sentido "alguns sintomas como febre e mal-estar", o que o fez desistir da viagem. Ninguém foi chamado para o lugar deles.

"Participar destas duas competições seria um sonho para mim, mas preservar a saúde de todas pessoas que estariam em contato comigo até Abu Dhabi foi primordial para que essa decisão fosse tomada. Minha participação em Mundial de Curta fica para a próxima. Aproveito para dizer que os testes feitos apresentaram resultado negativo para Covid e que já estou recuperado", explicou.

Já Felipe Lima não explicou por que desistiu da competição de última hora, argumentando apenas "problemas pessoais". "Primeiramente quero agradecer a todos os envolvidos nesta preparação e pedir minhas sinceras desculpas aos meus colegas, comissão técnica, clube e federação pelo ocorrido, mas é uma situação alheia à minha vontade", escreveu no Instagram na segunda, mesmo dia da viagem.

Sem os dois, o Brasil vai ao Mundial com uma delegação de 18 nomes, selecionados a partir do Troféu José Finkel, realizado em agosto, logo depois da Olimpíada. Desses, 12 nadadores estiveram em Tóquio-2020.

A equipe terá: Caio Pumputis, Nicholas Santos, Fernando Scheffer, Leonardo Santos, Gabriel Fantoni, Guilherme Guido, Murilo Sartori, Gabrielle Roncatto, Jhennifer Conceição, Brandonn Almeida, Nathalia Almeida, Vinicius Lanza, Leo de Deus, Viviane Jungblut, Gabriel Santos, João Gomes Jr, Giovanna Diamante e Pâmela Alencar.

Nas redes sociais, Bruno Fratus, medalhista em Tóquio, criticou a falta de união da equipe e o fato de atletas terem posado com o uniforme de seus clubes durante viagem com a seleção brasileira.

"Mentalidade de clube dentro da seleção brasileira é uma desgraça. A poucos dias do início do mundo, o que vemos são vários grupos menores tirando e exibindo fotos com as camisas de seus respectivos clubes, treinando com as toucas sem a bandeira brasileira", reclamou.

"Não há união, não existe espírito de time… A seleção brasileira tem sido desde sempre um aglomerado de indivíduos. Ao mesmo tempo que isso é frustrante também é algo de fácil resolução caso tenhamos a liderança certa, um ideal e mentalidade em comum", continuou.