Imagem ilustrativa da imagem Brasil tem decisões no penúltimo dia das Paralimpíadas

Paris - O Brasil subiu uma posição no quadro geral de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Paris com a conquista de mais duas medalhas de ouro nesta sexta-feira (6). Agora, o país ocupa a sétima posição com 70 medalhas no total sendo 17 ouros, 22 pratas e 31 bronzes.

Neste sábado (7), no penúltimo dia de competições, o Brasil terá representantes em dez modalidades. Será a despedida nas provas de natação e no judô.

No halterofilismo, a paulista Mariana D’Andrea busca o bicampeonato paralímpico na categoria até 73kg. Mariana começa sua disputa às 7h (de Brasília). Ela foi medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e teve um ótimo ciclo até Paris: foi ouro na categoria até 79kg no Mundial de Dubai 2023; ouro na categoria até 73kg na Copa do Mundo de Dubai 2022 e ouro na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021. Também foi ouro na categoria até 73kg e bronze na equipe mista nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.

OURO NO JUDÔ

No judô, serão seis atletas no tatame da arena do Campo de Marte. Destaque para o paraibano Willians Araújo, que busca seu primeiro ouro em Jogos Paralímpicos. Ele tem uma prata, no Rio 2016, e luta na categoria acima de 90kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz).

Nesta sexta, a paulista Alana Maldonado, 29, se tornou bicampeã paralímpica no judô ao vencer a chinesa Yue Wang, na final da categoria até 70kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens) nos Jogos Paralímpicos de Paris. Alana foi a primeira mulher brasileira a ganhar a medalha dourada no judô no megaevento, em Tóquio 2020.

Bem colocada no ranking mundial, ela entrou direto na semifinal na chave em Paris e venceu a japonesa Kasuza Osawa, por ippon, se garantindo na final na arena do Campo de Marte.

OURO NA NATAÇÃO

"Isso é fruto do nosso trabalho, a gente plantou, plantou e agora a gente tá colhendo”, comemora Talisson Glock
"Isso é fruto do nosso trabalho, a gente plantou, plantou e agora a gente tá colhendo”, comemora Talisson Glock | Foto: Douglas Magno / CPB

O Brasil pode disputar, neste sábado, até oito finais na despedida da natação. Nesta sexta, destaque para o nadador catarinense Talisson Glock, 29, que venceu os 400m livre da classe S6 (limitações físico-motoras), e conquistou seu primeiro ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris e o bicampeonato paralímpico. Ele ganhou a medalha dourada na mesma distância nos Jogos de Tóquio 2020. Talisson finalizou a prova com o tempo de 4min49s55, novo recorde das Américas.

“Eu fico muito, muito feliz com o que eu tenho feito aqui nessa competição. Foi muita entrega, muita dedicação. E isso é fruto do nosso trabalho, a gente plantou, plantou e agora a gente tá colhendo”, disse Talisson.

O ouro nos 400m é a quarta medalha de Talisson em Paris 2024. Ele foi prata nos 100m livre, bronze nos 200m medley SM6 e bronze no revezamento misto 4x50m livre 20 pontos.

Ele soma agora nove medalhas paralímpicas, igualando outro nadador, o pernambucano Phelipe Rodrigues, que chegou a Paris como o atleta convocado para essa edição com mais pódios. Phelipe tinha oito medalhas paralímpicas e ganhou mais uma, a prata nos 50m livre da classe S10 (limitações físico-motoras). A nadadora pernambucana Carol Santiago sai de Paris com dez pódios paralímpicos em duas edições (Tóquio 2020 e Paris 2024).

Tallison foi atropelado aos nove anos por um trem e perdeu o braço e a perna esquerdos. Seis meses depois, foi convidado para participar do Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE). Em 2004, passou a se dedicar aos treinos de natação. Em 2008, competiu em alguns torneios e, em 2010, foi chamado para integrar a Seleção Brasileira de nata

FEITO DO ATLETISMO

No atletismo, os brasileiros podem chegar até 12 finais no Stade de France. A atleta cega mais rápida do mundo, a acreana Jerusa Geber disputa a final dos 200m da classe T11 (deficiência visual).

Nesta sexta-feira, o atletismo brasileiro alcançou a 200ª medalha na história dos Jogos Paralímpicos com a medalha de prata conquistada por Thiago Paulino no arremesso de peso F57, destinado a atletas que competem sentados. Os primeiros pódios da modalidade vieram em 1984, com seis ouros, 14 pratas e três bronzes. São 30 medalhas, o segundo melhor desempenho em uma única edição, atrás apenas do Rio de Janeiro em 2016, quando foram 33. Em 2024, o atletismo conquistou oito ouros, dez pratas e 12 bronzes.

DISPUTA PELO BRONZE

O Brasil também disputará o bronze em duas modalidades coletivas. No futebol de cegos, às 12h30 (Brasília), jogará contra a Colômbia. É a primeira vez em cinco Jogos Paralímpicos que o Brasil não chega à final do futebol de cegos, que em Paris será entre Argentina e França.

No vôlei sentado feminino, a disputa pelo bronze será contra o Canadá, às 10h (Brasília), repetindo o jogo pelo terceiro lugar de Tóquio 2020. Na ocasião, as brasileiras ganharam.

(Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro)