Brasil reage, mas cai para a Alemanha e se complica no basquete
Segunda derrota seguida na competição obriga seleção a derrotar o Japão na última rodada
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terça-feira, 30 de julho de 2024
Segunda derrota seguida na competição obriga seleção a derrotar o Japão na última rodada
Claudemir Scalone
São Paulo - Não deu para o basquete brasileiro diante da Alemanha, atual campeã mundial, na segunda partida da fase de grupos dos Jogos Olímpicos. Os europeus fizeram 86 a 73, se classificaram para as quartas de final e complicaram bastante a situação da seleção verde-amarela.
Afinal, com as derrotas para os favoritos França e Alemanha, além de um saldo negativo de 25 pontos, o Brasil precisa vencer o Japão por uma diferença grande para se classificar como um dos melhores terceiros colocados.
O JOGO
O início foi péssimo para a seleção brasileira. Para se ter uma ideia, os primeiros pontos só foram marcados com poucos mais de três minutos, pelas mãos de Marcelinho Huertas. Os alemães também tiveram um primeiro quarto irregular, mas dominaram os minutos finais, abrindo 12 pontos de vantagem: 22 a 10.
Os dois principais problemas do Brasil eram a falta de confiança e precisão nos arremessos e a atuação apagada de Bruno Caboclo no garrafão, que acumulou faltas na tentativa de parar o ímpeto dos rivais no garrafão.
No segundo quarto, apesar de alguns erros no começo, a seleção enfim reagiu, colecionando grandes jogadas, entre elas uma ponte aérea finalizada por Caboclo. A partir daí, o público na Arena Pierre Mauroy viu um show de bolas de três. Foram cinco seguidas certeiras do Brasil, impulsionado por duas de Vitor Benite, virando o jogo: 31 a 30.
Do lado alemão, o armador Schroeder mostrou porque foi MVP do último Mundial e respondeu com outras três de fora do perímetro. Mas a incrível reação brasileira garantiu o empate em 40 a 40 no intervalo.
APAGÃO
A exemplo do jogo de estreia, contra a França, a nossa seleção vacilou no terceiro quarto e teve um apagão, anotando apenas 11 pontos em 10 minutos. Para piorar, Caboclo cometeu a quinta falta e foi eliminado, dificultando bastante o jogo de garrafão brasileiro.
O time se abateu, e os alemães abriram larga vantagem novamente. A partir daí, apenas controlaram o resultado, mantendo um alto nível defensivo. O Brasil acumulou erros, seja de passe, arremessos pressionados ou de violação de tempo.
A Alemanha fechou o jogo com 11 bolas de três e chegou a abrir 16 pontos, faltando 5 minutos e meio. Schoreder, com 20 pontos, foi o cestinha. No fim, 86 a 73 para os europeus e mais uma derrota para o Brasil.