SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Por conta da variedade de provas e classes, o Brasil está acostumado a ganhar muitas medalhas no Mundial de Natação Paralímpica. Mas o que é "muito"? Em 2019, isso representou uma coleção de 17 medalhas. Na competição que terminou neste sábado (18) na Ilha da Madeira, em Portugal, o patamar foi outro, mais do que o triplo da última edição. No total, foram 53 pódios.

Os números foram inflados pela ausência da China, que não mandou representantes para o Mundial, e da Rússia, que está suspensa. Mas isso não tira o brilho da campanha do Brasil, que foi ao pódio com 30 atletas diferentes em provas individuais.

Neste sábado, caiu o recorde que faltava cair: de medalhas de ouro. Foram 19 no total, o que fez com que a campanha no quadro de medalhas, que privilegia os títulos, tenha sido melhor do que a de 2017. Cinco anos atrás o Brasil ganhou 18 de ouro, nove de prata e nove de bronze. Agora foram 19 de ouro, dez de prata e 24 de bronze.

No quadro geral, o Brasil só ficou atrás da Itália (27 de ouro e 64 no total) e dos Estados Unidos (24 de ouro e 40 no total). Em Tóquio, quando fez a melhor campanha paralímpica de sua história em total de medalhas, o Brasil ganhou 23, sendo oito de ouro.

Individualmente, o país teve alguns dos destaques da competição, como Carol Santiago, que dominou as provas da classe S12, para deficientes visuais, e fechou o Mundial com seis ouros e sete medalhas no total. O estreante Samuel Oliveira (S5), de 16 anos, e os já astros paralímpicos Gabriel Bandeira (S14) e Gabriel Araújo (S2) faturaram, cada um, três de ouro. Samuca ainda ganhou duas pratas e, Bandeira, uma de prata e duas de bronze.

Mariana Ribeiro (S9), com dois ouros e um bronze, e Cecília Jerônimo de Araújo (S8), com um ouro e um bronze, também foram campeões mundiais em provas individuais na Madeira.