Bia perde final equilibrada e fica com vice de duplas do Australian Open
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domingo, 30 de janeiro de 2022
Daniel E. de Castro/Folhapress
A ótima campanha de Beatriz Haddad Maia e Anna Danilina no Australian Open está marcada na história do tênis brasileiro, mas não terminou da forma como a paulista e sua parceira cazaque gostariam. Neste domingo (30), elas começaram a final de duplas na frente das favoritas tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, porém levaram a virada em uma partida muito equilibrada e acabaram derrotadas por 6/7 (3), 6/4 e 6/4, após 2 horas e 42 minutos.
Bia Haddad, 25, não conseguiu encerrar o jejum de 54 anos sem que uma tenista do país triunfe num torneio do Grand Slam, os quatro principais do esporte. A 19ª conquista de Maria Esther Bueno, no US Open de 1968, permanece como a última nesse nível.
Com a presença na final, Bia tornou-se a terceira representante brasileira a alcançar uma decisão de Slam. A mais recente até então já fazia 40 anos: Cláudia Monteiro foi vice-campeã de Roland Garros nas duplas mistas em 1982.
Sabia-se que o desafio deste domingo seria enorme. Siniakova, 25, é a líder do ranking de duplas. Logo atrás vem Krejcikova, 26, quarta colocada em simples e vencedora de Roland Garros no ano passado. A parceria entre elas acumula sucesso desde a base e já rendeu quatro títulos profissionais de Grand Slam, além da medalha de ouro nos Jogos de Tóquio.
Se os currículos da brasileira e da cazaque não têm esse peso, elas carregavam muita confiança após derrubarem cinco parcerias pelo caminho em Melbourne e emendarem nove vitórias na temporada.

