Agência Estado
De Buenos Aires
O capitão da seleção da Argentina, Gabriel Batistuta, dedicou a vitória de anteontem à noite sobre o Chile (4 a 1), ao ex-jogador Maradona, que se recupera em Cuba de um problema cardíaco e de sua dependência das drogas. A partida foi a estréia da Argentina nas eliminatórias sul-americanas do Mundial de 2002. Justificando sua atitude, Batistuta, autor do primeiro gol, disse que Maradona enviou um telegrama de apoio a todo o elenco antes do jogo. ‘‘Creio que nós lhe respondemos da melhor maneira, com esta atuação’’, destacou.
Maradona e Batistuta jogaram juntos no selecionado argentino que disputou o Mundial dos Estados Unidos-94, no qual o ex-jogador foi afastado por dar positivo para o uso de efedrina na partida da primeira fase, contra a Nigéria.
Batistuta superou quarta-feira outro recorde com a camisa da seleção argentina ao marcar seu 51º gol e se converter no maior artilheiro de seu país, em eliminatórias, ao lado de Corbata, um antigo ídolo.
A imprensa argentina destacou ontem a atuação dos comandados do técnico Marcelo Bielsa. Entrega, velocidade e precisão foram as palavras mais usadas para explicar o resultado. ‘‘Beleza Sul-Americana’’, escreveu o diário ‘‘Ol钒, indicando que a equipe argentina jogou sua melhor partida sob o comando de Marcelo Bielsa. Para o ‘‘Clarín’’, Verón, que marcou dois dos quatro gols argentinos, foi a figura central da partida, ainda que o gol marcado por Batistuta no começo do encontro tivesse servido para transformar o estádio do River Plate em uma festa gigante.
Outras duas seleções estrearam com vitória nas Eliminatórias. Em Montevidéu, o Uruguai ganhou da Bolívia, por 1 a 0. Em Lima, o Peru não teve dificuldade em fazer 2 a 0 no Paraguai. O Equador também venceu em casa a Venezuela. Colômbia e Brasil abriram as disputas na terça-feira com um empate de 0 a 0.