SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Barcelona anunciou, nesta quarta-feira (6), que teve um prejuízo de 481 milhões de euros (cerca de R$ 3 bilhões) no exercício financeiro da última temporada —era previsto um lucro de 1 milhão de euros (R$ 6,3 milhões).

No balanço, o clube informou que houve forte queda nas receitas —de 855 milhões de euros (R$ 5,4 bilhões) para 631 milhões de euros (R$ 4 bilhões). As despesas, por outro lado, foram as maiores da história do time: 1,1 bilhão de euros (R$ 7 bilhões) —os gastos operacionais subiram 19%.

Atual CEO do Barcelona, Ferran Reverter culpou a gestão de Josep Maria Bartomeu pelo "caos econômico" vivido no clube há anos.

"Houve uma falta de planejamento financeiro. No caso de Griezmann, na mesma noite em que o contrataram, viram que não havia dinheiro e buscaram um fundo para fazer um 'factoring' [operação financeira]. A transferência de Coutinho, que custa 120 milhões de euros, acaba custando 16,6 milhões de euros a mais. Compravam jogadores sem saber se podiam contratá-los", disse o dirigente em entrevista coletiva.

Ele ainda citou que, caso o Barcelona fosse uma empresa de sociedade anônima, entraria em processo de falência.

"Em março, nos encontramos com patrimônio líquido negativo. Se fosse uma empresa de sociedade anônima, seria uma falência contábil que iria supor dissolução. A dívida e os compromissos futuros eram de 1,35 bilhão de euros (R$ 8,6 bilhões)".