SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Logo após Danilo Fernandes conceder entrevista coletiva sobre o ataque à bomba ao ônibus do Bahia na última quinta-feira (24), foi a vez do presidente Guilherme Bellintani assumir o microfone da sala de imprensa do CT Evaristo de Macedo para protestar contra a 'cultura de agressividade' do futebol brasileiro. Nesta terça (1º), o mandatário expõe um caso de xenofobia contra o auxiliar do time principal, o português Bruno Lopes.

"Bruno, por mais de uma vez treinando o time na beira do campo, foi xingado de 'português de merda', ou 'volte de caravela para lá'. Uma forma xenofóbica que não representa a torcida do Bahia, mas precisa ser dito para que a gente não torne essas situações normais", disse.

"Eu queria reforçar que o clube vai trabalhar ainda mais para proteger os seus funcionários e que a torcida, mesmo que sofrida, mostre que é diferente. Mesmo nos momentos ruins em campo, somos capazes de dar um basta a essa cultura de agressividade. O ódio não vai vencer e nós faremos tudo para que não vença", acrescentou.

Bruno Lopes chegou ao Bahia no ano passado para comandar a equipe de aspirantes. Com o término do time B, o profissional foi promovido e seguiu no clube como assistente fixo do plantel principal.