Atriz e vendedora aderem à velocidade
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quarta-feira, 11 de novembro de 1998
Alberto Macedo
A cada etapa, a Fórmula Uno vai ganhando adeptas. Agora, na prova que acontece neste final de semana em Londrina, mais duas belas - e, quem sabe, feras na pista - estarão em ação: a atriz Patrícia de Sabrit, 23 anos, e a londrinense Vera Bittencourt, 33, serão as atrações da nona etapa do Brasileiro de Fiat Turismo. As duas fazem suas estréias na categoria. Ontem elas estiveram no Autódromo Internacional Ayrton Senna; Patrícia foi conhecer o traçado.
Eufórica pela estréia, anteontem, da novela, Pérola Negra, no SBT, da qual é protagonista, Patrícia de Sabrit conta que seu interesse por corridas surgiu quando namorou Tony Kanaan, o narigudo piloto brasileiro da Fórmula Indy. Nessa época ainda não pensava em competir. Aí pintou o primeiro convite através da Valéria Zopello, que corre na Uno e depois da Maria Christina Moreira, de Cascavel. As coisas foram acontecendo e aí eu pensei: por que não?
Paulo WolfgangDeterminaçãoA londrinense Vera Bittencourt quer mostrar serviço na F-UnoPatrícia, no entanto, terá pouco tempo para se preparar para a corrida de domingo. Ela realizou alguns treinos em Interlagos-SP e ontem andou em Londrina sob os cuidados da Escola de Pilotagem Papa-Léguas. Estou meio estressada, diz. Além da correria por causa do lançamento da nova novela, entrevistas e tudo mais, ela viaja hoje para Itaparica-BA e sábado cedo volta a Londrina. Vou perder os treinos livres e só entro na pista para tirar tempo. Mas tudo bem. Nesta corrida quero apenas sentir como vai ser.
Pisando fundo - Demonstrando ousadia e nenhum receio de pisar fundo no acelerador, a londrinense Vera Bittencourt nem parece que vai estrear em uma competição. Fui convidada na prova passada pela Maria Helena Fittipaldi (ex-mulher de Emerson). Já tinha realizado o curso de pilotagem e agora decidi encarar de vez, afirma ela, que durante quatro anos trabalhou na Bella Via Automóveis, concessionária Fiat em Londrina - Fui a melhor vendedora, tanto que ganhei um prêmio de 30 dias para Miami com tudo pago - e hoje é representante do Consórcio Nacional Fiat.
Vera garante que ainda não está com aquele friozinho na barriga. Não vejo a hora de entrar na pista. Se contar com um carro bem preparado e se tiver chance de fazer ultrapassagens, não vou pensar duas vezes, diz a londrinense, que correrá com o carro de número 13. É apenas um número que marca, ela justifica.
Débora Rodrigues - Primeiro foi musa dos sem-terra, depois agitou o público masculino na revista Playboy, passou pelo SBT e agora está deixando o torcedor maluco nas provas da Fórmula Truck. Para a paranaense Débora Rodrigues, 30 anos, de Bela Vista do Paraíso, pilotar estes caminhões era uma fissura que eu tinha. Nunca gostei do trabalho de casa, conta ela, que desde pequena acompanhava o pai (Lázaro), caminhoneiro, em muitas viagens, inclusive nas primeiras provas de caminhões disputadas em Cascavel.
Paulo WolfgangSonho realizadoDébora Rodrigues: gosto pelos pesos pesados da Fórmula TruckEu fiz curso de pilotagem com o Beto Manzini, em São Paulo, e quis correr a etapa da F-Truck em Londrina, em agosto. Não me deixaram e entrei com recurso na Confederação Brasileira de Automobilismo. Corri em Tarumã, no Rio Grande do Sul, e fiquei em 14º lugar. E no último domingo, em Cascavel, fui nona (resultado extra-oficial). Fiquei muito emocionada por ter conseguido realizar este sonho, diz Débora, que ontem também esteve no autódromo de Londrina.
Débora quer continuar na F-Truck, pois meu objetivo ainda é chegar ao pódio. Quanto a correr domingo na F-Uno, ela acha difícil. Não tenho patrocínio e não posso pagar para isso. Se conseguir, tudo bem, caso contrário vou tentar em São Paulo, na última etapa.