BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) - Horas antes do clássico Atlético-MG x Cruzeiro, neste domingo (6), torcedores dos dois clubes se enfrentaram no Zona Leste de Belo Horizonte, no bairro Santa Inês. Dois torcedores foram baleados e um deles morreu, após ser internado em estado grave no Hospital Pronto-Socorro João XXIII. O ocorrido em BH fez a diretoria do Atlético entrar em contato com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

A base eleitoral do senador é Minas Gerais e ele tem ótima relação com os dirigentes atleticanos. Foi contando com essa proximidade com o político que a diretoria do Atlético entrou em contato com Pacheco no início da tarde desse domingo. O pedido foi pela criação de uma lei mais severa, para punir os torcedores brigões

O responsável pelo contato foi José Murilo Procópio, vice-presidente do Atlético. Via telefone, o dirigente do clube relatou o que aconteceu pela manhã em Belo Horizonte e também outros casos recentes no futebol brasileiro. A briga entre atleticanos e cruzeirenses foi apenas mais um episódio de violência no futebol nacional nos últimos dias.

"Entrei em contato com o senador Rodrigo Pacheco, pedindo pela criação de um projeto de lei para mudar o que está acontecendo. Futebol é alegria e estamos vendo uma selvageria. Que se crie um projeto de lei que puna todo mundo que brigar. O Rodrigo garantiu que já vai dar início nesta segunda-feira", revelou o dirigente do Atlético-MG.

O caso em Minas Gerais, em um local muito distante do Mineirão, não é um algo isolado no futebol brasileiro. Nos últimos dias, vários atos de violência geraram consequências graves, como a bomba arremessada no ônibus do Bahia e o Gre-Nal anulado após o ônibus do Grêmio ser apedrejado, além da invasão de campo da torcida do Paraná, que trocou socos com os jogadores do clube.