BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) - A estreia do Athletico-PR na Copa Libertadores 2022 poderia ter sido melhor. No duelo realizado na noite desta terça-feira (5), no estádio Olímpico de la Universidad Central de Venezuela, o clube não conseguiu sair do 0 a 0 diante do modesto Caracas. A partida foi a primeira do Grupo B, que ainda conta com Libertad-PAR e The Strongest-BOL.

O time curitibano foi melhor, mas não conseguiu traduzir sua superioridade em gol no placar, até por não ter tanto volume de jogo. As chances brasileiras sempre pararam no goleiro Alain Barojas- eleito pela Conmebol o melhor da partida. Foram 22 finalizações durante a partida, mas nenhuma com enorme perigo.

O Caracas incomodou em alguns contra-ataques, mas adotou postura mais defensiva e saiu de campo com o ponto somado.

O próximo compromisso do Athletico-PR é no domingo (10), diante do São Paulo, fora de casa, na estreia no Campeonato Brasileiro. Pela Libertadores, o segundo compromisso será diante do The Strongest-BOL, na quinta (14), na Arena da Baixada.

A equipe de Alberto Valentim até começou bem a partida, de maneira intensa, criando chances e levando perigo ao adversário. Contudo, com o desenrolar da partida, a marcação venezuelana encontrou os pontos fortes da equipe brasileira e o Athletico-PR não conseguiu mais ser tão incisivo. Das 22 finalizações na partida, apenas nove foram no gol. Não houve nenhuma grande chance.

O time da casa sabia bem o que queria durante o jogo. A defesa foi se ajustando ao longo da partida e minando as chances ofensivas e, quando era possível, acelerava na transição buscando contra-ataques. Esbarrou na pouca qualidade da finalização, mas executou bem o plano de jogo.

Mesmo fora de casa, a equipe brasileira começou pressionando no campo adversário. Terans recebeu de Pablo, invadiu a área e finalizou obrigando o goleiro Baroja a fazer boa defesa. Nos primeiros minutos de partida, o Athletico teve mais a bola no campo ofensivo e controlou a partida. Cirino e Cuello também perderam oportunidades de abrir o placar.

A equipe da casa tentou acertar boas jogadas no erro do Athletico. Bonsu, após jogada de Akinyoola, assustou em chegada rápida após perda de bola do Athletico-PR no meio campo. Depois, o próprio Akinyoola também teve chance, mas parou no goleiro Bento.

Após um início mais intenso, os clubes passaram a ter mais dificuldades para criar chances de gol. Com a bola, o Athletico não conseguia se impor para ter oportunidades de gol. A equipe da casa também não conseguia oferecer perigo: ora por ineficiência, ora por impedimento do seu ataque (foram três só no primeiro tempo)

Terans perdeu outras duas chances: aos 36, numa parou novamente no goleiro Barojas e aos 40, errou o alvo. Bansu, do Caracas, também tentou, mas sem tanto perigo a bola passou longe do gol, aos 38.

O Athletico voltou a campo no segundo tempo sem alterações e com a mesma postura do início da primeira etapa. Nos minutos iniciais, os brasileiros pressionaram em busca do gol. Cirino, de dentro da área e Terans, em cobrança de falta, pararam em Barojas.

O desenrolar do segundo tempo foi diferente do primeiro. Após a pressão inicial do Athletico-PR, o jogo ficou um pouco mais disputado no meio-campo. As equipes entravam mais forte nas divididas, o que resultou em mais faltas marcadas e em poucas chances de gol.

As duas melhores chances saíram em finalizações de fora da área. Christian, do Athletico, chutou da intermediária e parou em Barojas. Pereira, do Caracas, obrigou Bento a fazer bonita defesa após batida da entrada da área.

Após as entradas de Marlos e Vitor Bueno, o Furacão passou a estar mais no campo ofensivo. Os novos atletas em campo, junto de Marcelo Cirino e Terans, conseguiram criar boas chances, mas ainda falharam em abrir o placar.

CARACAS FC

Baroja; Fereira, Rivero, Quijada, Notaroberto; Edson Castillo, Carlos Suárez, Bonsu Osei (Vicente Rodríguez), Luís Ramírez (Luís González), Guarirapa (Ovando); Akinyoola. T.: Francesco Stifano

ATHLETICO-PR

Bento; Orejuela (Khellven), Pedro Henrique, Lucas Halter, Abner Vinícius; Hugo Moura, Christian (Rômulo), Terans; Marcelo Cirino, Pablo (Marlos) e Cuello (Vitor Bueno). T.: Alberto Valentim

Estádio: Olimpico de la UCV, em Caracas (Venezuela)

Árbitro: Andres Rojas (COL)

Auxiliares: Sebastian Vela (COL) e David Fuentes (COL)

Cartões amarelos: Notaroberto (CFC); Hugo Moura (CAP)