Athetico estreia no Paranaense contra caçula Andraus

A 110ª edição do Campeonato Paranaense começa nesta quarta-feira (17) tendo mais uma vez a dupla Atletiba como favorita ao título. Além de maiores vencedores da competição, ambos contam com estrutura financeira e elencos qualificados em relação aos outros dez participantes. No entanto, nos últimos anos há sempre um time do interior surpreendendo a dupla como o Cascavel, vice-campeão em 2023, ou o Londrina campeão em 2021 e o Operário, que montou um elenco forte com jogadores como Rodrigo Lindoso e Marcelo Cirino, que levou o troféu em 2015 e surge como o mais forte concorrente da dupla da capital.

A competição vai repetir a mesma fórmula de disputa dos anos anteriores. Os doze clubes jogam entre si na primeira fase e os oito melhores colocados vão para os mata-matas das quartas-de-final. Os quatro classificados fazem novos mata-matas até se chegar aos dois finalistas do estadual que decidirão título no dia 7 de abril. Os dois últimos colocados na primeira fase serão rebaixados. Além do título em disputa, estarão em jogo as vagas na Copa do Brasil de 2025 e mais três vagas na Série D este ano.

Campeão em 2023 e detentor de 27 títulos, o Athletico estreia contra o Andraus no estádio Durival de Brito, às 20 horas. Diferentemente de outros estaduais, o Rubro-negro deve usar o time principal contra o estreante Andraus que venceu a divisão de acesso no ano passado. O jogo terá arbitragem de Paulo Roberto Alves.

O jogo de abertura do Paranaense, no entanto, ocorre no estádio Cilmar Goergen em São José dos Pinhais onde o São Joseense recebe o Cianorte, às 16 horas, com arbitragem de Maria Luiza dos Santos.

A torcida maringaense terá a oportunidade de assistir no estádio Willie Davids, às 20h30, ao derby local entre o Maringá e o Galo Maringá (ex-Aruko). Quem apita o confronto é Victor Salles Cirilo.


A primeira rodada será completada na quinta (18) com Operário e Londrina, às 19 horas, no estádio Germano Kruger, tendo Marco Antonio Travessolo na arbitragem. Às 20, no Couto Pereira, o Coritiba vencedor de 39 campeonatos vai enfrentar o PSTC, vice-campeão da divisão de acesso, com Lucas Casagrande na arbitragem


Fechando a rodada, às 20h30, o Cascavel recebe o Azuriz no estádio Olímpico Regional. Andrei da Silva será o árbitro da partida.

TROFÉU GIL ROCHA

E o vencedor do Estadual levará o troféu jornalista Gil Rocha, que morreu ano passado. A Federação Paranaense de Futebol decidiu homenagear Rocha em função da vasta carreira dedicada ao esporte "em transmissões do Campeonato Paranaense como coordenador, narrador, apresentador, repórter e comentarista, atuando em veículos da capital e interior, com destaque no cenário nacional".


“A Federação tem o costume de sempre fazer homenagem a treinadores, atletas e todos aqueles que fomentaram o futebol paranaense. E, por que não, fazer uma justa homenagem ao Gil, que levantou o estandarte do futebol paranaense e sempre tentou deixa-lo em evidência”, disse o presidente Hélio Cury Filho. Que completou: “O Gil foi alguém que lutou muito pelo nosso futebol e, apesar de ser singela, é uma justa homenagem”.


Com mais de 40 anos dedicados à cobertura jornalística do esporte paranaense e nacional, especialmente do futebol, Gil Rocha é um dos nomes mais conhecidos do Estado, como lembra o Secretário de Comunicação do Paraná, Cleber Mata. “O torcedor paranaense vai receber com muita alegria esse gesto, que demonstra muita sensibilidade da Federação em reconhecer o trabalho do Gil.”


Lucas Rocha, também jornalista e filho mais velho de Gil, contou como a família recebeu a notícia. “Nós ficamos muito honrados, de verdade, o coração se encheu de alegria. Porque o meu pai lutou muito pelo Campeonato Paranaense. Desde que eu me conheço por gente eu via ele lutando pelas transmissões de futebol. E ele deixou a marca dele. Então, ver o nome dele na taça, em um rol que tem Sicupira, Dirceu Krüger, Dionísio e Caio Júnior, que são grandes nomes do futebol paranaense, pra nós é uma honra e uma alegria”, revelou.

Ana Zimmerman, jornalista e viúva de Gil Rocha, agradeceu a homenagem e revelou que a família acompanhará o torneio com carinho e atenção redobrados. “Cada vez que a gente fala disso, sorri muito, porque é uma coisa que pra gente é muito feliz mesmo. Claro, tem a tristeza de ser uma homenagem post mortem, mas quanto a isso a gente não pode fazer nada, então, que pelo menos a gente lembre dele a cada gol, cada vez que um time comemora. E, depois, quando alguém levantar a taça, vai ser a taça Gil Rocha”, concluiu. (Com assessoria de imprensa da Federação Paranaense de Futebol)