RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A assembleia geral da CBF realizada nesta segunda-feira (7), com participação dos clubes e das federações, confirmou as regras eleitorais para os pleitos da entidade. Por unanimidade, ficou confirmado o peso dos votos que estava em vigor desde março de 2017 —mas em uma reunião que foi anulada após uma ação judicial. O resultado do encontro desta segunda foi: as federações mantêm peso três, os clubes da Série A ficam com peso dois e os clubes da Série B, que passam a integrar oficialmente o colégio eleitoral, ficam com peso um.

Uma mudança em relação ao formato anterior é a queda da exigência gerada pela chamada cláusula de barreira. Para registro da candidatura, é necessário o apoio formal de quatro clubes e quatro federações. Antes, a exigência era de cinco clubes e oito federações.

Com as regras aprovadas, as federações, sozinhas, podem eleger um presidente da CBF, independentemente do voto dos clubes. Ao terem peso três, elas, somadas, representam 81 votos na assembleia eleitoral. Os 40 clubes, juntos, agora significam 60 votos.

A CBF deve convocar nos próximos dias a nova eleição da entidade. O pleito que elegeu Rogério Caboclo foi anulado pela Justiça. Agora, a corrida eleitoral parte do zero, mas com apoio das federações a Ednaldo Rodrigues, presidente em exercício. Resta saber se haverá concorrentes. Com a diminuição da cláusula de barreira, abre-se a brecha para uma disputa mais acirrada. Quem vencer a eleição terá mandato por quatro anos.

Nos bastidores, o ex-presidente Marco Polo Del Nero, mesmo banido, entrou em contato com as federações nos últimos dias ressaltando a importância para a manutenção do peso da CBF.