Após camping na Europa, londrinense mira vaga na Olimpíada
Tatiane Raquel da Silva é líder do ranking na prova dos 3.000 metros com obstáculos e corre atrás do índice para os Jogos de Tóquio, em 2021
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terça-feira, 13 de outubro de 2020
Tatiane Raquel da Silva é líder do ranking na prova dos 3.000 metros com obstáculos e corre atrás do índice para os Jogos de Tóquio, em 2021
Lucio Flávio Cruz - Grupo Folha
A londrinense Tatiane Raquel da Silva é uma das principais candidatas a uma vaga na Olimpíada de Tóquio na prova dos 3.000 metros com obstáculos. Para intensificar a preparação para as competições que podem definir a sua classificação, a atleta retornou ao Brasil na última semana após participar do Camping Internacional de Treinamento promovido pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) em Portugal.

Foram 31 dias de treinamentos intensos ao lado de outros destaques do atletismo brasileiro na cidade de Rio Maior. Atleta da equipe Londrina/FEL/Ipec, Silva fez um balanço muito positivo deste período de preparação em solo europeu.
"Eu consegui aproveitar 100% e ver que mesmo com a pandemia consegui me manter focada e bem treinada. Agora eu sei que estou bem para continuar focada no meu objetivo", frisou a londrinense, que é treinada pelo técnico Claudio Castilho. "Consegui executar treinos que eu nunca havia feito e pude perceber que estou no caminho certo para a busca do índice".
Quatro vezes campeã sul-americana e com nove títulos no Troféu Brasil, Silva foca nas duas próximas competições para alcançar o tão sonhado índice olímpico. Tanto o Troféu Brasil quanto o GP Brasil estão agendados para o mês de novembro em São Paulo e podem garantir a participação da londrinense nos Jogos de Tóquio, adiados para 2021.
Líder do ranking da prova, com o tempo de 9min45s, Silva persegue o índice olímpico, que é de 9min30s. "Acredito que voltei muito mais confiante, tanto na questão psicológica como física. Vou focar nessas duas competições agora e vamos disputar algumas outras provas fora do País em busca do índice também", afirmou a atleta de 30 anos.
O técnico e coordenador da equipe Londrina/Atletismo Gilberto Miranda também ressaltou a importância deste período de treinamento visando a retomada das competições. "Um período de treinamentos dessa forma é muito importante para a preparação, ainda mais diante do momento em que vivemos. Também faz muita diferença nesse momento o fato de termos mantido os atletas com treinamentos em casa e com programação específica para cada um", apontou.
Tatiane da Silva bateu na trave há quatro anos e acabou ficando de fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Agora, a atleta acredita que está mais pronta e mais bem preparada para finalmente chegar lá. "Amadureci e tenho mais experiência. Sei onde errei e onde posso acertar", comentou.
Antes da paralisação das competições em razão da pandemia do novo coronavírus, Silva havia começado bem a temporada com o título da prova dos dez quilômetros da Copa Brasil de Cross Country e da participação no Pan-Americano da modalidade, no Canadá.

