Aos 19, Alcaraz é o líder mais jovem do ranking da ATP
Tenista espanhol revelado na escolinha de Nadal fez história ao conquistar o título do US Open no domingo (11)
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segunda-feira, 12 de setembro de 2022
Tenista espanhol revelado na escolinha de Nadal fez história ao conquistar o título do US Open no domingo (11)
Folhapress
Carlos Alcaraz é o campeão do US Open de 2022. Aos 19 anos, o fenômeno espanhol egresso da escolinha de tênis de Rafael Nadal conquistou o primeiro Grand Slam da carreira e se tornou o mais jovem ocupante do topo do ranking da ATP, recorde que era do australiano Lleyton Hewitt, líder aos 20 anos e nove meses.

A vitória sobre o norueguês Casper Ruud neste domingo (11) por 3 sets a 1 (6/4, 2/6, 7/6 e 6/3) alça o jovem tenista para a primeira posição do ranking da ATP e consolida a nova geração de tenistas no topo da temporada.
Pela primeira vez, os dois jogadores competiam, ao mesmo tempo, pelo primeiro título de Grand Slam da carreira e pela liderança no ranking.
Ruud, 23, agora o número dois do mundo, chegou à final de Roland Garros, em junho, mas perdeu para Rafael Nadal, supremo no torneio parisiense com 14 títulos. Caso ganhasse alguma das finais, seria o primeiro norueguês a conquistar um Grand Slam.
A campanha de Alcaraz no US Open começou tranquila: nos primeiros três jogos, ele não perdeu um único set. A partir da quarta rodada, porém, a maré virou. Ele precisou de cinco sets para derrotar o croata Marin Cilic, o italiano Jannik Sinner e o americano Frances Tiafoe.
A partida com Sinner, outro nome forte da nova geração, foi o ponto alto do campeonato, com duração de 5 horas e 15 minutos. O jogo foi o que durou mais tempo na história do US Open.
Alcaraz fez trajetória meteórica em 2022. Ele começou a temporada no 120º lugar no ranking e chegou ao sexto. No processo, venceu, no saibro, nomes como Alexander Zverev, Novak Djokovic e o "rei" do piso, Rafael Nadal.
Apesar de ser comparado com o compatriota dono de 22 Grand Slams, Alcaraz deixa claro que prefere pisos rápidos. E que se espelha, na verdade, no suíço Roger Federer, dono de partidas históricas contra Nadal.
"[Comparações] não me incomodam porque, como ele [Toni Nadal, tio e ex-técnico de Nadal] diz, são inevitáveis. Mas também não acho que me tragam coisas boas. Procuro não prestar muita atenção nelas e seguir em frente."
A conquista do topo do ranking e do primeiro Grand Slam mostram que o jovem fenômeno espanhol está seguindo em frente - e cimentando seu próprio nome.

