São Paulo, 8 (AE) - A chegada ao País dos grandes grupos de investimento estrangeiros, como a Hicks Muse Tate & Furst, que formou parceria com o Corinthians, não assusta a Parmalat. De certa forma, a multinacional italiana sente-se à frente dos rivais por já ter vivido a experiência de uma parceria com um clube de futebol. Em um futuro breve, admite, inclusive, participar de um outro modelo de gestão no Palmeiras, com a entrada de um novo e forte parceiro no clube.
"Um novo parceiro poderia explorar a imagem do clube, o licenciamento de produtos, o estádio, áreas que não conflitam com o nosso trabalho", afirma, com empolgação, Paulo Angioni, diretor de Futebol da Parmalat. "É só uma questão de o Palmeiras sentir a necessidade de mais um parceiro, se conversar e encontrar um novo formato de parceria." A Parmalat, hoje, coloca o nome da camisa do clube e participa da contratação de passes de atletas. "
"Será difícil vencer a concorrência, mas não impossível", prevê Angioni. O dirigente diz que, no futebol, não se pode fazer comparações entre equipes. Ele explica que Corinthians e Palmeiras, por exemplo, vivem momentos distintos.
Angioni diz que Palmeiras e Parmalat já têm uma estrutura e um grupo de primeira linha, enquanto os adversários estão apenas começando a se organizar. "As novas organizações têm de apresentar projetos de impacto ao contrário da Parmalat que já está consolidada no mercado", justifica, sobre as contratações e salários milionários do Corinthians. "Daqui a dois anos, a Hicks Muse também vai sentir o peso dos altos gastos." (E.C.)