São Paulo - Em meio à disputa da Copa do Mundo de Clubes, Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira, fez uma comparação entre o futebol sul-americano e europeu e "se derreteu" pela qualidade dos brasileiros.

O treinador italiano rasgou elogios ao futebol da América do Sul, classificando a qualidade diferente como uma questão "genética". Para o técnico, o Velho Continente se sobressai pela parte física, com mais intensidade em campo.

"É um futebol próximo, que muda pela paixão ao esporte. O americano tem uma genética com mais qualidade. Tenho que dizer que a qualidade é diferente. O europeu também tem qualidade, obviamente, muitos sul-americanos estão na Europa, há mais intensidade de jogo. Aqui tem mais qualidade, na Europa mais intensidade", disse Ancelotti, em entrevista à Conmebol.

O ex-treinador do Real Madrid também se rendeu aos trabalhos de colegas de comissões técnicas sul-americanas, caso de Lionel Scaloni, comandante da seleção argentina. Ancelotti ressaltou a conexão que Scaloni cria com seus atletas — e que o levou até o título da Copa do Mundo de 2022.

"O que falar dele? O trabalho do Scaloni foi fantástico, ganhou Mundial, e segue em trabalho fantástico. Mostrou a qualidade, fantástica conexão com os atletas para ganhar a Copa", falou Ancelotti.

Ancelotti também destacou que foi monitorado pela CBF por dois anos, antes de decidir fechar negócio. Agora, com orgulho de treinar o Brasil, ele entende que a forma de extrair o melhor futebol da seleção é criando um ambiente saudável.

"O Brasil me segue há muito tempo, são dois anos do primeiro contato. Escolhi treinar a seleção pois é um orgulho, a maior história do futebol. O faço com muito orgulho, entusiasmo, e que tudo saia bem. O ambiente tem que ser limpo, bom, como uma família. Os jogadores chegam muito animados na seleção, todos amam vestir a camisa do país. Criar esse ambiente não é complicado. Talvez mais simples que no clube. Vestir a camisa do país é algo especial."

NEYMAR NÃO TEM 10 GARANTIDA, DIZ ANCELOTTI

O técnico Carlo Ancelotti citou Vini Jr. e não prometeu a camisa 10 da seleção brasileira para Neymar, apesar de reconhecer a importância do astro do Santos.

Ancelotti escolheu Vini como 10 da seleção na última data Fifa, mas a escolha não é definitiva. O italiano afirmou que sabe o peso do número para o país.

Ao ser questionado da numeração, Carleto apenas citou Vini. Neymar era o camisa 10 absoluto até as sucessivas lesões.

Na sequência, porém, foi perguntado sobre Neymar e reconheceu sua importância. Apesar de destacar outra vez a necessidade de melhora física.

"Não é algo definitivo, a camisa 10 no Brasil pesa muito. Vini pode usar, tem personalidade e caráter. Pode ser que isso mude no futuro. Temos muitos jogadores que possuem responsabilidade e desejo de vestir essa camisa", disse Carlo Ancelotti, em entrevista à Conmebol.

"Falamos com ele, é muito importante para a seleção, Mundial. Tem que se preparar bem, há tempo para isso. Temos a ideia de que seja muito importante para a seleção."

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