SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Brasil não é mais o detentor do recorde de maior onda já surfada na história na categoria masculina. O posto que antes pertencia ao paulista Rodrigo Koxa agora está nas mãos do alemão Sebastian Steudtner, que foi reconhecido pelo Guinness com uma onda de 26,21 metros surfada em Nazaré, no dia 29 de outubro de 2020 —quase dois metros a mais que a do brasileiro, de 24,38 metros.

De certa forma, porém, é possível dizer que o Brasil segue com participação no recorde mundial, já que o brasileiro Alemão de Maresias foi o piloto de jetski responsável por puxar Sebastian na onda em questão.

Sebastian Steudtner recebeu nesta terça-feira (24) uma placa oficial do Guinness em evento que aconteceu justamente em Nazaré, palco da maior onda do mundo.

Esta é a terceira vez que Nazaré contempla o recorde de maior onda já surfada no mundo. O primeiro a conseguir o feito foi o português Garret Mcnamara, em 2011, com uma onda de 24 metros. Depois, foi a vez de o brasileiro Rodrigo Koxa bater o recorde em 2017, numa onda de 24,38 metros que o manteve no posto até então.

No feminino, o recorde segue com a brasileira Maya Gabeira, que surfou uma onda de 22,4 metros em 2020 e quebrou a marca que já era dela, de 20,72 metros por uma onda em 2018 -ambas em Nazaré.

A homologação da onda de Sebastian acaba sendo um balde de água fria em brasileiros como Lucas Chumbo e Vinicius dos Santos, que em 2021 surfaram ondas estimadas em quase 30 metros e aguardavam pelo resultado.

Em matéria recente, o UOL Esporte mostrou que existem vários critérios para que a onda seja levada em conta pela Liga Mundial de Surfe (WSL) e, consequentemente, pelo Guinness Book. A partir do momento em que ela passa a valer, entram em jogo vários outros detalhes que são analisados por uma banca de surfistas renomados e uma equipe científica -como a qualidade do tamanho do pixel, a angulação das câmeras e as incertezas na medida da crista e da base da onda.

Em entrevista recente à reportagem, Rodrigo Koxa, até então detentor do recorde, criticou parte da imprensa por divulgar supostos tamanhos de ondas sem a devida comprovação científica -como aconteceu no último Gigantes de Nazaré, em que Lucas Chumbo venceu com uma bomba de 29,67 metros pelo sistema de medição estabelecido no programa da TV Globo.