Imagem ilustrativa da imagem ALEMANHA X ARGÉLIA



O dia 16 de junho de 1982 é o da maior vitória da história do futebol argelino. No Estádio El Molin ón, en Gijón, a seleção africana derrotava a poderosa Alemanha por 2 a 1, na Copa do Mundo da Espanha. Um resultado que só não teria impacto maior porque na última rodada os germânicos superariam os austríacos por 1 a 0 em uma partida que ficaria conhecida como uma mancha no espírito esportivo: .A vergonha de Gijón.. Título que batizou um jogo em que os times atuaram em banho-maria, aproveitando-se do placar que beneficiava ambos e mandava os argelinos de volta para casa.
O fato é que o triunfo sobre os então bicampeões (o tricampeonato alemão viria em 90) não sai da Memória do país africano. E hoje à tarde, no Beira-Rio, os magrebinos, que pela primeira vez chegam às oitavas de final de um Mundial, tentam repetir a façanha e, assim, derrubar um punhado de impressionantes números da equipe alemã.
A Alemanha ficou fora de apenas duas Copas (30 e 50), ambas por razões extra campo. Nas 17 edições que jogou, só não chegou entre os oito primeiros em 38. Ou seja, 74 anos atrás. Desde que foi instituída a fase de oitavas de final, em 86, passou todas as vezes por essa etapa, e com triunfos no tempo normal. Por fim, apenas a tetracampeã Itália (três vezes) e a Sérvia (duas), que herdou os resultados da antiga Iugoslávia, venceram mais de uma vez os germânicos em jogos de Mundial.
Derrubar esse gigante retrospecto do adversário e repetir a vitória de 82 aparece no discurso argelino como algo realista:
- Queremos ganhar da Alemanha como ocorreu em 82. Não entraremos com sentimento de vingança pelo que houve depois. Agora será outra oportunidade, um outro jogo - diz o atacante Slimani, autor do gol de empate com a Rússia que deu a inédita vaga nas oitavas.

Imagem ilustrativa da imagem ALEMANHA X ARGÉLIA
Imagem ilustrativa da imagem ALEMANHA X ARGÉLIA