SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Fabricio de Paula, ex-preparador de goleiros do Santos, entrou com duas ações na Justiça. Acusado pelo presidente do time alvinegro, Andres Rueda, de tentar subornar uma goleira do Red Bull Bragantino no jogo disputado entre os clubes no dia 19 de junho deste ano, o profissional pede que o clube paulista apresente os documentos que deram origem à demissão de Fabrício. Isso na Justiça do Trabalho.

Já na esfera criminal, os defensores do preparador de goleiras acionaram Rueda e pedem que o mandatário alvinegro se explique acerca das declarações dadas em entrevista coletiva, quando Rueda relatou o que considerou uma tentativa de pagar uma quantia em dinheiro para uma das jogadores do rival. Segundo o presidente do Santos, na época, o caso estaria ligado a um esquema de apostas esportivas.

Rueda também levantou suspeitas sobre a entrega de um envelope para a quarta árbitra Adeli Mara Monteiro. Fabrício se defendeu e afirmou que o entregou uma capa de chuva para a componente da equipe de arbitragem.

"Diante desse quadro, o Interpelante (Fabrício) sentindo-se ofendido em sua honra, busca por meio desta interpelação, como medida cautelar penal, que o Interpelado (Rueda) esclareça as afirmações ofensivas — servindo esta ação, ainda, para eventual retratação", diz a defesa de Fabrício.

O preparador também negou que faça parte de qualquer esquema envolvendo sites de apostas esportivas.

Procurado, o Santos afirmou que não comentaria a ação. Já Andres Rueda, em contato com a reportagem, falou que " o caso está nas mãos das autoridades competentes para investigação, CBF, STJD e Polícia Civil".

O caso está sendo investigado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O depoimento de Fabrício de Paula, que estava marcado para esta quarta-feira (6), foi adiado a pedido do auditor do órgão que cuida da investigação. O presidente do Santos depôs ao STJD na terça-feira.