A última convocação da Seleção Brasileira de Futebol para amistosos é a reta final de preparação para a Copa do Mundo, em novembro. E não é só pelos nomes que ainda restam para ser confirmados, mas também para Tite ter uma ideia definitiva de como jogará o time no mundial. Convocar um grupo passa por diversos critérios, que sempre geram discussão. Para alguns, devem estar na seleção aqueles que estão em melhor fase na atualidade. Para outros, os melhores simplesmente.

A maioria dos times já não joga mais com centroavantes fixos. Atacantes de maior movimentação ganharam relevância num futebol que se tem cada vez menos espaço para atuar. E a Seleção Brasileira também se acostumou a este estilo por não ter “produzido” mais tantos centroavantes. Como a maioria dos jogadores que estão na seleção joga no exterior, o modelo moderno tem criado muito mais atacantes de lado.

Tite fez vários testes ao longo dos últimos anos, e nenhum se tornou unanimidade. Tem prevalecido o formato de um meio/ataque de maior movimentação e pouca posição fixa. Neymar era o homem do lado esquerdo, mas Vinícius Jr. pede titularidade e o meia do PSG deve ser mais centralizado. E assim vão as opções e alternativas para formatação do estilo de jogo. Mas e o centroavante? Mesmo que não seja mais uma posição tão indispensável, quem seria a melhor opção?

Tite é pragmático, mas ao chamar Pedro, do Flamengo, cria uma possibilidade real de levar o atacante à Copa. Os concorrentes à vaga têm características diferentes. Matheus Cunha, Gabriel Jesus e Richarlison estão mais para uma composição de movimentação de jogo de área. Pedro consegue executar as duas funções. E mais: tem o melhor jogo aéreo de todos.

Pedro chega para o teste final no seu melhor momento. Não é só uma oportunidade de Tite. É a real chance de um jogador que cresceu com a titularidade e regularidade dos últimos meses e virou a maior sombra para os que já se consideravam consolidados para ir ao Catar.

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