A empresa de um amigo meu criou um conselho de administração. Governança é um assunto que está ganhando importância no mundo corporativo.

O que chamou a minha atenção foi que eles convidaram para conselheiro um economista com doutorado na Inglaterra. E ele me disse que o tal conselheiro tem trazido excelentes informações a cada reunião.

Gostei do que ouvi. Mas eu conheço a situação real da empresa, e sei que as incertezas estratégicas que sempre estiveram presentes, continuam exatamente como antes.

Ter informações já não é vantagem alguma. Grande parte dos negócios tem acesso amplo e profundo às informações mais relevantes. Mas, é claro que, quando elas chegam através de um doutor em economia na Inglaterra, parecem até o vinho servido no Santo Graal.

Acontece que isso é ilusão, custa caro e não resolve nada.

As dúvidas na escolha do caminho a seguir somente são resolvidas quando se tem resposta à pergunta: ‘como usar a informação?’ Quero dizer que o pulo do gato está em saber cruzar ou combinar todos os conhecimentos que as informações trazem e, então, tomar a decisão que vai resultar no lançamento de novos produtos, no aumento das vendas e na superação da concorrência.

França, Alemanha, Inglaterra e outros países do primeiro mundo têm problemas econômicos nada menores daqueles com que o Brasil e as grandes empresas convivem, apesar de doutores e PHD´s às toneladas.

Portanto, contratar um ‘bam-bam’ pós-graduado numa universidade famosa para compor o seu conselho de administração não fará mais do que ouvir as percepções daquele gerente atento e responsável, que luta para valer no mercado, e está cara a cara com o cliente todos os dias.

Mas... quem quer status, se engana e paga para acreditar naquilo que não passa de mera aparência.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina.

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