A extensão territorial do Brasil e a missão de fazer chegar a cada destino diferentes necessidades - fazem do transporte de cargas função tão essencial como cercada de desafios. Caminhão na estrada, é sinônimo de atividade, de economia girando e satisfação.

A londrinense Sotran Logística, uma das maiores transportadoras de cargas do Brasil, segue rodando bem, mesmo na crise e com novidades: o americano Charlie Conner, radicado no Brasil há mais de sete anos atua na empresa desde agosto de 2019, como co-CEO e presidente do conselho da empresa, e vai assumir como CEO da companhia, no lugar de Ruber Dallamaria, um dos fundadores e que assume uma cadeira importante no conselho da companhia.

Charlie Conner:  Sotran espera transportar 40% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Charlie Conner: Sotran espera transportar 40% a mais do que no mesmo período do ano passado. | Foto: Divulgação

Além disso, segue com 500 pessoas na ativa, não dispensou nenhum funcionário e está contratando. "Até o momento não realizamos demissões em função da crise. Colocamos grande parte da nossa operação em home office e rodízio com todas as medidas preventivas necessárias", explica a gerente de Recursos Humanos da unidade, Sheila Borges,

Uma das atribuições do executivo, além de comandar a empresa, será continuar o investimento em tecnologia, a exemplo do TMOV - plataforma digital que atua como um hub para conectar caminhoneiros e cargas de agronegócio no Brasil. A meta para este ano é bater de 16 milhões toneladas e R$ 1,5 bi em 2020.

A Sotran tem como concorrentes a Cargo X e TruckPad. A empresa conta com 500 funcionários, opera em 14 estados brasileiros e a sede fica em Londrina. Foi eleita, pela terceira vez, uma das 1000 maiores e melhores empresas do Brasil para se trabalhar e encerrou o ano de 2019 com mais de 900 clientes em seu portfólio, como Cargill, Coamo e Coopersucar.

Em 2020, a estimativa é chegar a 480 mil. O setor de transporte rodoviário de cargas representa R$ 400 bilhões no País e só o setor de agro rodoviário corresponde a R$ 40 bilhões.

APLICATIVO DÁ APOIO

A tecnologia simplesmente muda a forma como caminhoneiros transportam cargas e apresenta alta de mais de 30% no uso da plataforma. O TMOV, aplicativo lançado pela Sotran Logística, uma das maiores transportadoras digitais de cargas do Brasil, conecta motoristas e cargas disponíveis, em tempo real e em todo o território nacional.

O aumento de mais de 30% no número de acessos à plataforma em um mês muito se deve ao momento de crise. Além disso, a empresa prevê que os indicadores do total de cargas transportadas nos meses de março e abril deste ano seja 40% a mais do que o registrado em 2019. “Por enquanto, não percebemos uma redução na quantidade de fretes, pois tivemos uma safra recorde de grãos e temos muito a ser carregado ainda.”, afirma Charlie Conner, co-CEO da Sotran.

O aplicativo permite aos caminhoneiros fazer compras e transações financeiras e funciona como um “vale”, um papel que o caminhoneiro recebe como forma de pagamento para ser trocado durante a viagem em postos de gasolina por combustível, estadia e alimentação. Essa prática eleva a probabilidade de contágio e propagação do vírus. Neste momento em que o distanciamento social é o mais recomendado, soluções financeiras que possam ajudar os caminhoneiros são fundamentais.

A ferramenta TMOV, que é gratuita, oferece diversas soluções para transformar essa realidade, como por exemplo: um meio de pagamento integrado com a plataforma - um cartão de débito, em que o caminhoneiro recebe pelo frete, pode fazer saques, transferências, pagar contas e obter desconto no preço do diesel; recomendação de cargas personalizada para cada caminhoneiro; documentos de frete sendo disponibilizados via aplicativo; gerenciamento de risco inteligente - para evitar roubo de carga e dar maior segurança para o caminheiro; seguro de vida - com planos acessíveis de cobertura para caminhoneiros; assistência 24h - para casos emergenciais, como pane elétrica ou mecânica, perda ou quebra de chaves e reboque para o caso de acidentes.

O Brasil possui mais de dois milhões de motoristas que são  expostos a muitos riscos nesse cenário de pandemia
O Brasil possui mais de dois milhões de motoristas que são expostos a muitos riscos nesse cenário de pandemia | Foto: Marcos Zanutto/5/5/17

Assim como os profissionais de saúde, os caminhoneiros também estão na linha de frente no combate aos impactos da pandemia do Covid-19. O Brasil possui mais de dois milhões de motoristas. Só no agronegócio são mais de 500 mil que continuam transportando mantimentos diariamente, em meio ao medo e dificuldades impostas pela crise. Diante deste cenário, caminhoneiros, embarcadores e grandes empresas estão na corrida por plataformas digitais para minimizar os riscos na sua jornada e encontram na tecnologia uma forma de mitigar a propagação do vírus.

emia. Ele precisa parar no posto para procurar carga, esperar em filas nas transportadoras em espaços muitas vezes pequenos e com aglomeração de pessoas, ele recebe e precisa levar com ele documentos físicos que precisam ser manipulados, entre outras situações. “Com uma jornada digital é possível reduzir essa necessidade do presencial. O caminhoneiro pode procurar cargas direto no aplicativo, ir direto para o ponto de embarque, agendar cargas e descargas pelo WhatsApp, fazer transferências e pagar contas na plataforma TMOV ao invés de parar em postos para trocar cheques ou vales por dinheiro e até ter um atendimento para tirar dúvidas com a operação pelo WhatsApp Business”, ressalta Charlie Conner.

Há vagas em diferentes praças da Sotran:

1 vaga - Analista de Logística / Coordenador de Logística - Querência (MT)

1 vaga - Assistente de Logística / Embarcador - Sapezal (MT)

1 vaga - Auxiliar Contábil - Londrina

2 vagas - Analista de Logística - Londrina

1 vaga - Auxiliar de Almoxarifado - Londrina

1 vaga - Gerente Desenvolvimento Comercial - Londrina

1 vaga - Engenheiro de Software/ Desenvolvedor - Londrina ou São Paulo (SP)

1 vaga - Cientista de Dados - Londrina ou São Paulo (SP)

1 vaga - Coordenador Administrativo - Catanduva (SP)

1 vaga - Coordenador Administrativo - Ribeirão Preto (SP)

1 vaga - Coordenador Administrativo - Guará (SP)

1 vaga - Embarcador Externo - Guará (SP)

1 vaga - Coordenador Administrativo - Catanduva (SP)

1 vaga - Embarcador Externo - Orlândia (SP)

Para trabalhadores autônomos, a carga é mais pesada

De acordo com o presidente do Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos) de Londrina, Carlos Roberto Delarosa, na prática, o caminhoneiro autônomo continua trabalhando muito e ganhando pouco. "O que mata são os atravessadores, pois ficam com o maior lucro. Não pagam seguro, não pagam pneu", aponta.

Delarosa afirma que os caminhoneiros autônomos poderiam assumir diretamente as atribuições dos contratantes. "Não há necessidade de atravessador, isso acontece por comodismo da empresa que contrata essas grandes transportadoras. Poderíamos assumir todas as responsabilidades do trabalho porque na própria nota os impostos já são recolhidos", observa.

Delarosa explica que os caminhoneiros seguem na ativa, com os cuidados básicos de higiene e que não há notificação sobre trabalhadores afastados ou que contraíram a Covid-19.