Em meio aos desafios enfrentados na pandemia da Covid-19, como ensino remoto, isolamento social e crise econômica, algumas notícias trouxeram esperança para quem busca emprego no final de ano. O avanço da vacinação e o aumento da circulação de consumidores contribuíram para a abertura de vagas temporárias e de contratações por dia, os “freelas”, para aqueles que buscam fazer um pé de meia no final do ano.

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Os mais 7.000 postos de trabalho gerados por Londrina e região animam os jovens que pretendem trabalhar no contraturno escolar e tirar uma grana. Semanalmente são oferecidas em média 300 oportunidades de trabalho via Secretaria do Trabalho, onde são abertas diariamente vagas em variados segmentos e funções, principalmente nos setores de comércio e serviço, que estão contratando para as festas de fim de ano.

No mesmo período de 2020 foram abertas cerca de 200 oportunidades de emprego via SMTER (Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda). Com o maior controle da pandemia e o comércio funcionando com menos restrições a expectativa é de que esse número seja superado em 2021, segundo dados da Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda. Para ter acesso às vagas, o jovem pode acessar o Sine (Sistema Nacional de Emprego) ou o portal da SMTER pelo site www.londrina.pr.gov.br/trabalho onde as empresas possuem bancos de dados para quem busca trabalho.

Outras alternativas são portais como: Indeed, Labor, InfoJobs e Employer, que fazem a mediação entre candidatos e empregadores. Para isso, basta ao jovem apresentar a documentação pessoal e a Carteira de Trabalho, que pode ser acessada pelo aplicativo CTPS Digital. O empreendedorismo é outra opção para o jovem que deseja juntar algum dinheiro.

É o caso do estudante de psicologia Gabriel Paschoal, 20, que voltará a vender seu pão italiano no recesso escolar. Gabriel conta que a produção ficou mais difícil em 2021, quando começou a estagiar como auxiliar de uma criança portadora de autismo em uma escola da rede municipal, e completou que pretende usar o recesso escolar para voltar à produção dos pães.

Gabriel afirmou que vive a expectativa de conseguir vender bastante no final de ano, principalmente na ceia de Natal, para fazer um pé de meia.

A estudante de odontologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Larissa Fusco, 21, trabalha há dois anos como garçonete freelancer e diz que pretende usar o recesso da faculdade para dedicar mais tempo ao trabalho. “Eu entro de férias dia 15, vou ficar um pouco na minha cidade, Pirajú (SP), mas já volto para Londrina em janeiro.”

O objetivo da estudante é usar este período para guardar algum dinheiro: “sem as aulas é possível trabalhar em mais dias, fora que esperamos mais movimento no primeiro mês do ano”, afirmou Larissa.

Milena Ronqui, 22, pretende se dedicar ao trabalho no final do ano para ajudar nas despesas da família. Devido à pandemia da Covid-19, a estudante de psicologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) teve de voltar para Umuarama, sua cidade natal, onde atualmente concilia os estudos com o trabalho de caixa no bar do irmão. Milena encara o recesso escolar como oportunidade de ajudar sua família: “como o curso é integral e há uma alta demanda de trabalhos, eu ajudo no bar de quinta a domingo”, relatou.

Entretanto, com as férias, que começarão na segunda semana de dezembro, a jovem pretende mudar a rotina: trabalhar no caixa do bar nas noites de terça a domingo e, durante o dia, ajudar a mãe na loja de roupas. Com a relativa normalização da pandemia, Milena e a família de comerciantes vivem a expectativa de 2021 ser mais lucrativo que o ano anterior.

Supervisão: Célia Musilli e Patrícia Maria Alves (Editoras).

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