"A Prefeitura de Londrina, por meio da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), liberou o agendamento da vacinação contra a Covid-19 para 6.440 idosos com mais de 60 anos, que fizeram o cadastro prévio no site da Prefeitura (https://www3.londrina.pr.gov.br/sistemas/cadastrovacinacovid/). Para que eles possam receber a primeira dose, é necessário fazer o agendamento, disponível a partir de hoje, sexta-feira (30), no site da prefeitura".

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| Foto: Istock


Esse é um exemplo de como a tecnologia está presente no cotidiano de todos e suas ferramentas encurtam distâncias, poupam tempo e, desde que a pandemia alterou a rotina global, a tecnologia serve também para proteger as pessoas por meio do distanciamento social. Outro exemplo são as aulas on-line, que se tornaram uma prática em cursos que eram, até então, 100% presenciais.

Em Londrina, um dos cursos mais procurados pela população idosa nos Centros de Convivência do Idoso era o "Idoso Conectado". A proposta era ensinar as pessoas a utilizar smartphones e aplicativos de celular e a ideia surgiu dos próprios idosos que não sabiam como usar o smartphone. Até 2019, mais de 800 idosos se formaram e certamente hoje utilizam a tecnologia com mais conforto, confiança e habilidade, pois uma das práticas era alertar sobre nem tudo o que está na internet é verdade. As fake news foram tema de oficinas.

Do ponto de vista da empreendedora e sócia-diretora da OnDemand Academy e Diretora da Happy Code Londrina Ana Paula Murakawa, a tecnologia hoje está muito associada à questão do uso da internet, redes sociais e de aparelhos ou equipamentos eletrônicos. "Mas, na verdade, se considerarmos o conceito genuíno de tecnologia, podemos afirmar que ela está presente em nossas vidas desde que o homem é homem e a própria descoberta do fogo é um bom exemplo de um avanço tecnológico que revolucionou a história", expõe.

A expert considera que com mais acesso à informação, as necessidades e os desafios romperam a barreira da padronização e se tornaram mais volumosos, específicos e complexos. "A partir deste rompimento, a máxima de Henry Ford “Você pode comprar um Ford modelo T da cor que você desejar desde que ele seja preto", caiu definitivamente por terra", reflete.

Olhando para o mundo corporativo, Murakawa defende a adoção desta postura de aprendizado constante, pois tem sido um dos grandes diferenciais competitivos procurados pelas empresas de inovação ao contratar um profissional hoje. Estas empresas procuram profissionais com o perfil T ou PI (π). O profissional que tem o perfil T é aquele que tem amplitude de conhecimento em termos de cultura, personalidade, interesses, experiência de vida, sonhos e aspirações e ao mesmo tempo também tem profundidade de especialização em determinada área chave para o seu negócio ou projeto. Estes profissionais gostam e procuram aprender o tempo todo. As empresas têm evitado profissionais que são somente especialistas, ou seja, os chamados de perfil I. Outro perfil profissional que também é importante para compor a equipe é o profissional com perfil PI (π). Ou seja, aquele profissional que além de amplitude de conhecimento e profundidade de especialização em determinada área chave para o negócio ou projeto, também tem uma forte especialização em liderança.

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| Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Murakawa aponta que nossas necessidades avançam dentro deste ciclo de evolução tecnológica e a forma como desejamos consumir tecnologia se torna cada vez mais veloz, incerta, complexa e ambígua. "O resultado prático disso são ciclos cada vez mais curtos de desenvolvimento e consumo de soluções tecnológicas, as pessoas já compram o iphone 12 pensando em quando terão o 13", considera. Sobre a resistência que cerca muitos indivíduos, entende que para os mais velhos que viveram no mundo antes a após a transformação digital, no entanto, esse processo de aprendizagem constante não algo natural e, na maioria das vezes, implica em mudanças e quebra de paradigmas.

Um blend: Tecnologia com humanização

O empresário Thomas Raad afirma que regiões como o Oriente Médio ainda valorizam o contato humano na hora de fechar negócios. "Por mais que a tecnologia tenha importância até em níveis decisórios no mundo dos negócios atuais, no comércio exterior, quem compra deseja conversar com quem vende, ou seja, o lado humanizado do processo ainda não pode ser automatizado."

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| Foto: Divulgação/arquivo pessoal

Para Raad, um sistema de atendimento pode ser personalizado e a tecnologia deve servir auxiliar na automatização, otimização e aumento de eficiência do processo de compra e venda entre os exportadores e importadores, por exemplo. Favorável a manter também o contato humano, Raad defende: "Antes de digitalizar tudo a gente precisa melhorar o customer experience, o famoso CX, que mais é que o conjunto de percepções e impressões que um consumidor possui sobre uma determinada empresa após interagir com ela". E vai além: Não é somente fazer a venda e esquecer da pós-venda. O mercado precisa ter em mente que a digitalização deve ser adotada para poder escalar mais vendas, integrar e incluir mais vendedores, mais fornecedores para o mercado internacional e mais compradores para os produtos brasileiros".

Fotografia: a transição do analógico para o digital

Para o fotógrafo Wilton Mitsuo Miwa, aderir ao processo digital foi uma necessidade de mercado. Qual cliente nos dias de hoje iria aguardar a revelação do filme, a impressão da fotografia para decidir, por exemplo, sobre qual a melhor imagem para representar a publicidade de sua empresa em dado momento? A fotografia digital trouxe agilidade, só para começar.

Formado e com toda a prática analógica, Miwa usou laboratório fotográfico, ficava no quarto escuro e diante do ampliador, desenvolveu técnicas para conseguir melhor resultado da imagem em preto e branco. "Há nostalgia, há poesia, mas a agilidade do processo digital, que foi um salto evolutivo. Você captura a imagem e já vê o que fez", diz.

Miwa admite que foi resistente e foi o penúltimo membro do Fotoclube de Londrina a fazer a transição da fotografia analógica para a digital. Só perdi para o descendente de armênios Suren Saadjian", diverte-se.

E recorda: "Na fotografia analógica, tínhamos que ter o domínio total do processo - saber fotografar, captar a luz, enquadrar, revelar e ampliar, mas também há poesia no processo digital. A fotografia analógica é paixão antiga, mas tive que fazer a transição, como todo mundo fez". E o fotógrafo emenda: "A tecnologia, de uma forma geral, se você não acompanha, você está fora do mercado, você está fora do mundo. Se você não se modernizar, vai à falência".

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