Os holandeses têm um termo próprio para não fazer nada: niksen.

Niksen não é preguiça e nem passividade. É uma decisão consciente de parar, sentar-se imóvel e simplesmente ‘ser’.

Estamos vivendo numa época em que ocupação e atividade são o padrão. Parar, desconectar ou apenas pensar exige intencionalidade, exige esforço, e só acontecerá se separarmos um tempo.

A causa disso é que nós confundimos ocupação com produtividade. E muitas vezes usamos este conceito equivocado como moeda social para impressionar as pessoas com o quanto somos importantes ou significativos.

Nossa geração tem comprovada aversão a ficar quieto. Nós pensamos que pessoas realmente impressionantes são ocupadas – loucamente, insanamente ocupadas. Daí concluímos que admitir gastar tempo todos os dias sem fazer nada nos faria parecer ruins, preguiçosos, desprovidos de ambição.

Mas é exatamente o contrário.

Pessoas de fato impressionantes, presentes e ligadas, encontram um tempo para se desconectar, para experimentar a solidão, silenciar o ruído constante, e, com isso, poder ouvir o que acontece em suas mentes.

Ocupação ininterrupta já está cientificamente correlacionada a esgotamento, a transtornos de ansiedade e a doenças que devastam o corpo com raiz no estresse.

Faça por si! Encontre tempo para se desconectar da tecnologia e das listas de tarefas. Em vez disso, respire profundamente por apenas alguns minutos todos os dias. Você não irá encontrar meio mais incrível e eficaz para melhorar a sua saúde mental e física.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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