Mulheres empreendedoras usam cada vez mais ferramentas digitais

Ninguém compra o que não vende. Do discurso à prática, de compradora de roupas de segunda mão a dona de seu próprio negócio, Luciane Justo concorda com a máxima e recorda que foi no trabalho que as trocas e vendas de roupas começaram entre as amigas. "Assistente Social até então, Justo viu a oportunidade de complementar a renda quando se afastou de um dos empregos e ficou com meio período vago. Do grupo "Entre Amigas" para cá, a consumidora e vendedora de artigos de roupas e acessórios usados ou seminovos decidiu tomar a decisão de empreender e precisou deixar a primeira profissão de lado. O 5ª Avenida Brechó tem cinco anos e já passou por ampliações. "Começamos num ponto ao lado bem menor e desde o início o Facebook e o Instagram são ferramentas de venda. O Instagram representa 90% do público que chega à loja física e nesse período eu precisei aprimorar meus conhecimentos porque existem estratégias para o conteúdo ser visto e para chegar ao público certo", afirma.

As araras organizadas por estilo, tipos de peça, cores e a disposição dos calçados por numeração chamam a atenção. "Estou fora da rota dos brechós centrais e muitas pessoas têm aqui a primeira experiência e desfazem a ideia de que brechó é um amontoado de coisas e deixam de lado a resistência pelo que já foi de outra pessoa", comenta.

Ciente de que as ferramentas digitais são suas aliadas, a empreendedora conta que hoje trabalha muito mais do que nos tempos em que tinha sua carteira de trabalho assinada. "Leio muito, assisto vídeos, invisto nas fotos, vídeos e no atendimento online, pois preciso me antecipar às dúvidas das clientes, colocar medidas, tecido e por isso é preciso estar em dia com marketing digital e comunicação para vender", diz. A música, a fragrância do ambiente, as plantas e as mensagens no balção ou no provador dão identidade presencial ao negócio de Luciane Justo, que é digital, mas possui essência. "Fiz postagem pedindo que as clientes doassem sacolas . Faz mais de um ano que estou abastecida e essa a proposta vai ao encontro da economia sustentável e foi graças a um pedido pelo Instagram que isso se concretizou", comemora. "As sacolas que as clientes trazem são lindas e todo mundo fica feliz com a ideia de reaproveitar", acrescenta.

Contatos podem ser feitos pelo WhatsApp (43) 98401-1080.

ARTESANATO EM LOJA DIGITAL

As mãos de fada para decorar as festas das filhas Rafaela, 11 anos e Luiza, 3 anos, o amor pelo artesanato são ponto de partida para o negócio digital recém-criado pela administradora Carina Theodoro Ferreira, da Cá Ateliê - loja digital especializada em brinquedos, jogos e adornos de feltro e com fim pedagógico. Todas as peças são feitas a mão, uma a uma e a primeira criação foi a amarelinha. "Na pandemia, fiquei inventando coisas para as minhas filhas, uma delas foi a amarelinha e uma amiga disse que eu poderia fazer para vender e a procura realmente tem superado as minhas expectativas. Acredito que esse brinquedo tradicional é também um resgate para os pais e nem todo mundo pode riscar uma amarelinha no chão de casa. Ela pode ser aberta em apartamento, gramado e levada para todos os lugares", cometa.

Por meio do whatsApp Business, a empreendedora concretiza as vendas com segurança. "É uma ferramenta de negócios que permite ver quem é o cliente e já fiz chegar os brinquedos a Florianópolis, Rio de Janeiro e graças a uma parceira com uma influenciadora digital, ganhei mais engajamento", admite. Além da amarelinha, Carina tem o jogo das sombras, o jogo da pegada, uma árvore de Natal toda de feltro, com velcro e que permite interação das crianças e uma montagem personalizada", comenta". Com MBA em Liderança em Gestão de Pessoas, Carina conta que decidiu sair do escritório e fazer o que dá prazer a ela. "Peço cinco dias de prazo porque é tudo feito manualmente e consegui chegar a um valor justo porque trabalho na minha casa", expõe.

Os artesanatos de Carina Theodoro Ferreira podem ser adquiridos pelo WhatsApp (43) 99141-0301