Imagine a seguinte metáfora: a vida é um avião, em que cada asa é um hemisfério do cérebro. De forma simples, o hemisfério esquerdo é o lado racional, crítico, lógico e matemático das ações. Já no direito, está a intuição, emoções, sentimentos, a subjetividade de forma geral. A inteligência emocional - conceito criado pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman - trata justamente como fazer para que as pessoas equilibrem essas duas asas e assim decolem em diferentes áreas da vida, pessoais e também profissionais. Não é possível voar com apenas uma asa em funcionamento.

Esse conceito tem sido trabalhado no Brasil há alguns anos – principalmente através de coaching – e arrebatado, de forma impressionante, milhares de pessoas a mudar de comportamento em diversas frentes. Um movimento que não pode ser ignorado. Um dos trabalhos mais significativos é o Método CIS, criado pelo PhD em Business Administration e Mestre em coaching, Paulo Vieira, escritor do best-seller, “O Poder da Ação – faça sua vida ideal sair do papel.”

O método, conceituado como “o maior treinamento de Inteligência Emocional do mundo”, utiliza ferramentas de coaching capazes de conduzir os participantes a eliminarem os obstáculos emocionais que os impedem de alcançar objetivos e construir um “estilo de vida abundante”, associando equilíbrio e força emocional, eliminando a tão falada “autossabotagem” e assim progredindo e tendo alta performance profissional e pessoal. Para Vieira, “tem poder quem age, e mais poder ainda, quem age certo.”

Em seu best-seller, a chave está em mesclar ações práticas para mudar de vida, sem esquecer, por exemplo, a espiritualidade e os sentimentos. Para Vieira, se esses dois lados não caminharem juntos, uma pessoa não terá sucesso pleno. Para esse resultado, ele toca em temas como ação, “autorresponsabilidade”, foco, comunicação, questionamentos e crenças. “Eu defendo que bastaria que um profissional lesse ou estudasse apenas uma hora por dia algo importante na sua área de atuação para que fosse promovido pelo menos uma vez ao ano e tivesse seu salário acrescido pelo menos 50% no mesmo período.”

“Tenho conversado com pessoas que dormem com o celular ligado e a cada toque que indica mensagens na rede social acordam para responder. Outras passam seu dia profissional entre o cafezinho e conversas improdutivas, e não sabem porque nunca foram promovidas enquanto outras que entraram depois na empresa se tornaram chefes”, provoca ele, no capítulo do livro que trata sobre foco.

IMPACTO EM MULTIDÕES

Além do livro, a temática Inteligência Emocional tem levado multidões para um curso de três dias (50 horas) com o coach. Os números são prova de como o método criado por Vieira chama a atenção: são mais de 400 mil participantes distribuídos por 190 turmas. Neste mês de outubro, o curso será em Boston e Orlando.

O palestrante e treinador de desenvolvimento pessoal Aurimar Allmeida é uma dessas pessoas que confirma que a vida foi transformada após o curso. De Maringá, ele foi até São Paulo em outubro do ano passado para participar da imersão no método criado por Vieira. “Eu era tecnólogo em automação industrial, quebrei uma empresa há três anos, perdi dois apartamentos e fui até lá porque não tinha mais tempo para esperar, precisava de ajuda.”

Após o curso, Allmeida começou um trabalho de “transição de carreira”, ou seja, de deixar a antiga profissão. “Já trabalhei na Sanepar e era infeliz na profissão. Depois abri minha empresa, quebrei, e fui trabalhar de empregado. O que mais o método CIS trouxe para minha consciência é que eu sempre achei que era 'o cara', mas o Paulo disse durante o curso que nós somos os nossos resultados, e para mim os resultados não estavam sendo bons. Eu precisava apresentar resultados, não adiantava apenas encher meu ego.”

Outro ponto que chamou a atenção do profissional durante o curso é que foi o único método de coaching que ele encontrou que associava, num único lugar, “dinheiro, amor e ciência”. “Sempre trabalhei na igreja, sou atuante, e lá sempre ouvi que ou você quer Deus ou quer dinheiro, e eu não aceitava isso. No curso, passei por uma reprogramação de crenças, onde achava que não era capaz, e entendi que era. Em um ano cresci nessa profissão (área de gestão de pessoas) mais do que dez anos na carreira antiga.”