Brasília - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu concursos para o preenchimento de vagas na Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e para o Ministério do Meio Ambiente.

Serão 502 vagas para a fundação responsável pelos assuntos relacionados aos povos indígenas e outras 92 para o ministério comandado por Marina Silva.

As portarias autorizando os concursos foram publicadas nesta terça-feira (2) no Diário Oficial da União.

Para o Ministério do Meio Ambiente, todas as 98 vagas serão para o cargo de analista ambiental, que exige diploma de nível superior.

Do total de vagas para a Funai, 152 serão vagas para candidatos de educação de nível intermediário, para o cargo de agente indigenista. As demais são para nível superior de escolaridade, para cargos de administrador, geógrafo, arquiteto, assistente social, engenheiros agrônomo e florestal, psicólogo, antropólogo, entre outros.

CARÊNCIA DE PESSOAL

Representantes das categorias apontam que a Funai e o Ministério do Meio Ambiente foram duas estruturas das que mais sofreram com a carência de pessoal nos últimos anos. Estima-se que o déficit de servidores para a Funai chegue a 1,5 mil servidores.

Na sexta-feira (28), o presidente Lula participou da cerimônia de encerramento do Acampamento Terra Livre, evento promovido por indígenas para lutar por seus direitos. Na ocasião, o mandatário anunciou as primeiras homologações de terra indígena e disse que nenhuma deixaria de ser demarcada.

O presidente também foi cobrado por um plano de carreira por servidores da Funai e prometeu implementá-lo.

Horas depois, em outro evento, para sancionar reajuste de 9% para servidores públicos federais civis, o mandatário fez uma defesa do serviço público e defendeu a realização de concursos em sua gestão.

"Às vezes, há uma incompreensão, não sei se por má-fé ou não, mas toda vez que a gente fala em fazer concurso algumas pessoas começam a falar 'começou a gastança, começou a gastança'. As pessoas não querem compreender que para melhorar qualquer serviço público, em qualquer país do mundo, você tem que contratar seres humanos, mulheres e homens para fazer o serviço que somente o ser humano pode fazer", afirmou o presidente.