Ergonomia pode gerar aumento de até 25% na produtividade
Além de representar ganhos em produtividade, investir em saúde ocupacional reduz custos com afastamentos e melhora a retenção de talentos
PUBLICAÇÃO
domingo, 27 de abril de 2025
Além de representar ganhos em produtividade, investir em saúde ocupacional reduz custos com afastamentos e melhora a retenção de talentos
DINO/ UOL

A produtividade e a lucratividade são objetivos prioritários para diversas organizações. O investimento em saúde ocupacional, especialmente por meio de práticas ergonômicas, tem se mostrado uma estratégia eficaz para alcançar esses resultados. Conforme apresenta o "Guia NR-1 e Saúde Mental no Trabalho (2025)", elaborado pela ElevaLife, é possível obter até 25% de aumento na produtividade, significativa de redução nos afastamentos por motivos de saúde e efetiva melhora na retenção de talentos, com impacto direto na eficiência operacional das equipes.
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"Com o avanço das regulamentações trabalhistas, as empresas têm agora uma oportunidade única de transformar seus ambientes de trabalho em espaços mais saudáveis e produtivos. Mais do que atender a uma obrigação legal, queremos inspirar líderes e equipes a repensarem o cuidado com o bem-estar como um diferencial estratégico, capaz de gerar engajamento, produtividade e resultados sustentáveis", explica João Barbosa, Co-founder da ElevaLife e ergonomista sênior certificado pela Abergo.
ERGONOMIA NA PRÁTICA
A ergonomia pode deixar de ser vista como custo e passar a ser reconhecida como um investimento de alto retorno. Organizações que implementam práticas ergonômicas adequadas podem reduzir afastamentos médicos, aumentar o desempenho dos funcionários e fortalecer sua reputação como empregadoras responsáveis.
De acordo com conteúdo publicado pela EIGEDIN, intitulado "Efeito da ergonomia na produtividade", o trabalho contempla estudos relacionados à ergonomia e à gestão da produtividade, apresenta pesquisa com uma observação estruturada, focando na relação da saúde dos trabalhadores com a produtividade com coleta e análise de dados. O objetivo do estudo foi a verificação do efeito que a ergonomia pode exercer na produtividade e conclusão das atividades de rotina.
Observou-se, com base no referencial teórico apresentado, que a frequência e volume de alguns problemas de saúde apresentados pelos colaboradores da empresa, afetam na conclusão da atividade, muitos deles relacionados à falta de ajustes e ambientes despreparados, os quais implicam em problemas a curto, médio e longo prazo. A reorganização do espaço físico dos postos de trabalho e o oferecimento de atividades como ginástica laboral, assim como um levantamento da situação de saúde de todos os funcionários, apresentaram-se como medidas que podem colaborar para a melhoria desse quadro empresarial bem como para a melhoria da saúde ocupacional desses trabalhadores.
É ainda importante destacar que, a modalidade de trabalho home office ou híbrida mais comum desde a pandemia de covid-19, foi adotada de forma geral no primeiro trimestre de 2020, e segundo dados da Fundação Instituto de Administração (FIA), 41% dos funcionários das empresas foram colocados em regime de home office, quase todos os que teriam a possibilidade de trabalhar à distância, que somavam 46% do total dos quadros.
HOME OFFICE
No setor de comércio e serviços, 57,5% dos empregados passaram para o teletrabalho, nas pequenas empresas o percentual ficou em 52%. De forma geral, 46% das empresas brasileiras optaram pelo regime de trabalho à distância, total ou parcialmente, desde abril daquele mesmo ano. Boa parte da população precisou se adaptar a essa nova realidade, incluindo empregados, gestores, líderes e, principalmente, organizações. Hoje porém nota-se um movimento de parte das empresas, de retorno dos colaboradores ao regime presencial, com adaptações às estruturas físicas existentes para este novo momento.
Levando este novo momento em consideração, a ergonomia - que consiste em adaptar o trabalho à pessoa - ajuda a reduzir a fadiga muscular, aumenta a produtividade e diminui o número e a gravidade desses distúrbios e, portanto, programas de prevenção em saúde ocupacional podem contribuir para a redução de custos com tratamentos e perdas de desempenho.

