O diretor executivo da SPVS, Clóvis Borges, não só exemplifica a evolução da demanda por profissionais direcionados a trabalhar de forma sustentável, quanto é bastante lúcido sobre os desafios das vagas da economia verde. Segundo ele, a "agenda de mitigar impactos causados pelo negócios", a partir da década de 90, propiciou largos avanços envolvendo a implantação de novas tecnologias, redução e reaproveitamento de resíduos, compromissos sobre pré e pós-consumo, dentre um amplo conjunto de práticas positivas para o meio ambiente. "Esse fenômeno, que representa perseguir menores impactos, permitiu também a abertura de inúmeros novos negócios, na perspectiva de atender às demandas por avanços no campo da sustentabilidade. No entanto, a evolução do próprio conceito da sustentabilidade ainda se encontra em curso, pois as visões mais simplistas sobre essa prática não são mais suficientes para responder por essa demanda de relevância crítica para toda a sociedade global", pondera. Borges alerta que há uma depreciação dessa prática, quando iniciativas sem nenhuma consistência se auto intitulam como sustentáveis. Segundo ele, uma das iniciativas muito recentes que colaboram de maneira determinante, no melhor entendimento de parte das corporações sobre a profundidade do que significa mitigar os impactos de suas atividades e acaba demandando por profissionais capacitados, é a Certificação LIFE (www.institutolife.org). Trata-se de um mecanismo criado no Brasil para permitir a mensuração do impacto ambiental de negócios - de qualquer ramo de atividade ou tamanho - e, com isso, determinar uma ação compatível em conservação da natureza, sobre o que representar o impacto não mitigável de um determinado negócio. "Representa um passo muito grande de distinção sobre processos convencionais de gestão ambiental, por considerar a conservação como parte integrante de sua atividade econômica. E de reconhecer a necessidade de um investimento compatível com o impacto ambiental não mitigável de seu negócio". Segundo ele, empresas como Gaia e Gaede, Posigraf, Grupo Boticário, Itaipu Binacional ou ABN AMRO despontam como exemplos do uso dessa certificação. "Eles certamente terão boas razões para justificar seu envolvimento nesse passo determinante em busca de um desempenho mais qualificado em busca da sustentabilidade". (M.M.)