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Empregos & Concursos 5m de leitura

ABRAHAM SHAPIRO

ATUALIZAÇÃO
22 de abril de 2017


AUTOR

Os covardes do futuro
De que vale ter um consultor de negócios na sua empresa se você não executa o que ele orienta? Ou um conselheiro? Ou um orientador? É claro que há empresas que têm um consultor só para culpá-lo pelos erros de seus gestores.
Uma das primeiras regras do mundo dos negócios é: "Acostumar-se com a podridão de caráter de algumas pessoas". Há quem faça questão de ter caráter imprestável.
Muitos empresários se iludem achando que seu negócio irá bem o tempo todo. Esquecem-se de que nada nesta vida transcorre sem desafios, obstáculos e apertos. Quando chegam as adversidades, eles paralisam ou atuam por impulso de última hora – sem reflexão, nem planejamento.
Não sei se você já observou, mas em qualquer empresa os que mais ganham são os que decidem mais. Se um gestor – seja ele gerente, supervisor ou diretor – não tem capacidade desenvolvida para tomar decisões que resolvam as questões de sua empresa, isso indica que está na posição errada. Restam-lhe duas simples alternativas: ou aprender o que deve para ocupar esse posto, ou desistir e assumir uma função que requeira menos efetividade. Só o que não vale é a covardia de transferir a culpa para os ombros de quem não decide e nem executa.
É por estas razões que a minha atuação como orientador de herdeiros e sucessores em empresas familiares – ao longo dos últimos vinte anos – insiste a que os futuros dirigentes tenham qualificações que superem o tradicional, típico e lamentável atributo de ser "filho do dono", porque isto, sozinho, faz deles atuais incompetentes e provavelmente futuros derrotados ou covardes.

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes em Londrina

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