Zona norte terá bairro planejado com 866 moradias

Em cerca de 90 dias, um novo bairro começará a ser construído na zona norte de Londrina. No terreno localizado ao final da avenida Bento Amaral Monteiro, na Gleba Jacutinga, serão erguidas 866 unidades habitacionais destinadas a famílias de baixa renda. As moradias do Residencial Bem Viver Londrina serão executadas pela Pacaembu Construtora, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional, Caixa Econômica Federal, Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e Cohab-LD (Companhia de Habitação de Londrina) dentro do programa Casa Fácil Paraná.

Em terrenos de 160 metros quadrados, serão construídas casas térreas, não geminadas, de 46,27 metros quadrados, divididos em duas salas, cozinha, dois quartos, banheiro, área de serviço coberta e uma sobra de espaço para ampliações futuras. Com um investimento de mais de R$ 115 milhões, o novo bairro planejado deverá ser entregue em um prazo de 24 meses a contar da data de assinatura do contrato.

Cada unidade habitacional irá custar R$ 127,999 mil e o empreendimento é direcionado a famílias com renda mensal a partir de R$ 1,6 mil. Os interessados não podem ter imóvel próprio e poderão receber subsídios de até R$ 36 mil por meio do programa habitacional Casa Verde e Amarela, do governo federal. O financiamento do valor restante poderá ser feito pela Caixa, em parcelas a partir de R$ 360 e possibilidade de uso do saldo do FGTS como valor de entrada.

A loja da construtora responsável pela execução do projeto já está funcionando na avenida Saul Elkind e os interessados poderão dar andamento na documentação para aquisição do imóvel. “A gente já está com a equipe comercial a postos para que, em 24 meses, consiga entregar. A gente, costumeiramente, consegue entregar antes e vai depender da eficiência de todos os envolvidos para que a gente consiga diminuir esse tempo”, disse o diretor Comercial da Pacaembu Construtora, Fred Escobar. A empresa está há 29 anos em atividades, com empreendimentos em São Paulo e Goiás.

Expansão

No Paraná, Londrina é a primeira cidade a receber investimentos da construtora e as 866 casas fazem parte da primeira fase do empreendimento. No total, serão construídas 1,4 mil habitações no novo bairro. Segundo Escobar, a empresa tem planos de lançar empreendimentos similares em Cambé, Arapongas, Maringá e Cascavel. “Estamos com um plano progressivo de expansão para fora do estado de São Paulo.”

O lançamento oficial do Residencial Bem Viver Londrina foi feito nesta segunda-feira (25), no terreno onde será construído o novo bairro, durante solenidade que contou com a presença de representantes da construtora, do governador do Paraná, Ratinho Júnior, do secretário nacional de Habitação, Alfredo Eduardo Santos, do presidente da Cohapar, Jorge Lange, do prefeito Marcelo Belinati, e autoridades políticas.

Lange destacou que o governo estadual tem procurado fazer projetos que atendam todas as faixas da população e o novo bairro é um exemplo dessa proposta, conduzido em parceria com a iniciativa privada e o governo federal. “O governo do estado do Paraná entra com toda a rede elétrica através da Copel, com toda a rede de saneamento básico de água e esgoto, através da Sanepar, e proporciona que a empresa tenha redução de custos para que a gente também contribua, através do estado do Paraná, com a redução do valor final da residência para poder atingir as pessoas de menor renda.”

“São praticamente dois mil empregos gerados na construção, investimento alto que faz parte de um grande pacote habitacional do estado do Paraná. Cambé também terá investimentos, Arapongas, é uma política do Estado de investir e dar oportunidade para que as pessoas possam ter sua casa própria”, ressaltou o governador Ratinho Júnior. “No total, serão investidos R$ 500 milhões no Paraná. Para Londrina, serão R$ 115 milhões nessa primeira fase.”

A Prefeitura de Londrina é parceira do projeto, por meio da Cohab Londrina. As famílias já cadastradas no órgão vão receber um comunicado sobre a comercialização das unidades, para que possam atualizar seus dados cadastrais e manifestar interesse. “Esse empreendimento é parte de um bom momento de chegada de investimentos privados na cidade. Cada emprego na construção de casas gera 2,5 empregos na estrutura colaborativa. E estamos falando de quase duas mil contratações. É como se estivéssemos anunciando uma indústria de grande porte”, destacou o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati.

Juros reduzidos

O secretário nacional de Habitação ressaltou a redução da taxa de juros, para 4,5%, que permite atender “a base da pirâmide social”. Além das parcerias locais e dos juros mais baixos, ele citou o processo de industrialização da construção civil como um dos aspectos mais importantes para avançar com projetos habitacionais destinados à população mais necessitada. “Infelizmente, a nossa indústria da construção civil ainda tem baixa industrialização. Significa dizer que os nossos processos continuam sendo muito manuais e nós estamos buscando empresas, tecnologias que possam industrializar e conseguir entregar casas em um prazo menor”, disse Santos.