O atendente de farmácia Juraci Augusto da Silva se aposentou 13 anos, mas continua na ativa: "enquanto as pernas aguentarem, vou continuar trabalhando"
O atendente de farmácia Juraci Augusto da Silva se aposentou 13 anos, mas continua na ativa: "enquanto as pernas aguentarem, vou continuar trabalhando" | Foto: Ricardo Chicarelli


A vida após a aposentadoria não é um momento da descanso para todos. Muitos optam por voltar ao mercado de trabalho para complementar a renda, que é muitas vezes baixa. É o caso do porteiro Leonardo Hilário. Aos 67 anos, ele permanece na ativa, mesmo após ter se aposentado em 2007. A aposentadoria não era o suficiente para sobreviver, e por isso Hilário arranjou o emprego de porteiro, cinco anos atrás. "Enquanto eu puder e tiver saúde, vou continuar trabalhando." O trabalho na portaria de prédios é uma boa oportunidade para pessoas de sua faixa etária, por ser um emprego mais tranquilo, diz. O porteiro conta que, assim como ele, há outras três pessoas no mesmo edifício em que trabalha na mesma situação.

O aposentado Juraci Augusto da Silva casou-se cedo, aos 18 anos. Por isso, acabou deixando o curso de Farmácia logo nos dois primeiros anos. Mesmo assim, começou a trabalhar como atendente de farmácia em 1968, trabalho que desempenha até hoje. "Já tentei largar, mas não deu", brinca. Silva se aposentou 13 anos atrás, mas continuou atrás do balcão para ajudar o neto a se formar em Engenharia. "O salário da aposentadoria não dá. Enquanto as pernas aguentarem, vou continuar trabalhando."