Imagem ilustrativa da imagem Véspera do Dia das Mães movimenta comércio em Londrina

Muitos consumidores foram às ruas neste sábado (8) para garantir o presente das mães. No comércio da região central, o dia começou com movimento fraco, mas o fluxo de pessoas no Calçadão e ruas do entorno foi aumentando ao longo do dia, contaram os lojistas. No início da tarde, ainda era intensa a circulação de pessoas nas lojas, mas grande parte dos comerciantes manifestou desapontamento com o volume de vendas dos últimos dias.

O Dia das Mães é tão relevante para o varejo que costuma ser considerado um segundo Natal. Neste ano, porém, o faturamento deve ficar abaixo do esperado. “Faz nove anos que tenho loja aqui e o movimento caiu entre 20% e 30%. Mas se eu for comparar com o Dia das Mães de anos anteriores à pandemia, a queda foi de 40% a 50%. “A mudança no clima favoreceu o comércio nestes dois últimos dias, mas as pessoas não estão querendo gastar muito. Vêm à procura de lembrancinhas”, disse a proprietária de uma loja próxima ao Calçadão, Sandra Magalhães. “Mas dentro do contexto em que a gente está, eu tenho mais é que agradecer. A loja está aberta, estamos trabalhando.”

Claudete Gregório tem uma barraca de aromatizadores de ambiente na Feira do Feito a Mão, que acontece no Calçadão, entre as ruas Hugo Cabral e Pernambuco. Os produtos são feitos artesanalmente por ela e, na expectativa de boas vendas, reforçou o estoque. Na tarde deste sábado, no entanto, a artesã estava decepcionada. “Eu esperava mais, mas acho que as vendas, para todo mundo, não foram boas por um conjunto de coisas. Tem muita gente desempregada, sem dinheiro, e as pessoas também estão com medo de sair de casa”, avaliou.

Vendedora de uma loja de sapatos femininos no Calçadão, Jéssica Vasconcelos também esperava vender mais, mas ficou satisfeita com o aumento de clientes nesta semana. A procura por presentes cresceu a partir de terça-feira (4) e, neste sábado, apesar de um início de expediente fraco, perto do meio-dia os compradores começaram a aparecer com maior frequência. “Difícil alguém sair sem levar alguma coisa, mas o maior interesse é por produtos mais em conta, como as sapatilhas na faixa dos R$ 30. E todo mundo pede algum desconto. Por causa do friozinho, também aumentou a procura por calçados fechados. Vendi bastante tênis”, comentou.

A recepcionista Larissa Forte Carvalho deixou para fazer as compras no sábado, dia de folga no trabalho, e mesmo surpresa com a quantidade de pessoas circulando na região central, considerou tranquilo o movimento dentro das lojas. Ela saía de uma loja de departamentos com três sacolas. Uma delas, com o presente da mãe. “Comprei uma blusa e uma calça jeans para a minha mãe e aproveitei para comprar para mim também porque estava precisando e, assim, não preciso vir outra vez para o centro”, disse. “Antes de vir aqui, passei em outras duas lojas e achei que as filas, neste ano, estão menores do que no Dias das Mães anteriores. Pelo jeito, muitas mães não vão receber presente neste ano. A situação não está fácil para ninguém.”

A motorista Manoela Cunha Vieira contou que desistiu de comprar em uma loja por temer ficar muito tempo na fila. “Minha ideia era comprar o presente da minha mãe em uma loja específica, mas quando vi a fila e reparei que as pessoas não estavam respeitando o distanciamento, fui em outro local. As lojas demarcam os lugares na fila, mas as pessoas não se atentam. Achei um produto bem parecido em outra loja e o atendimento estava mais rápido. Prefiro assim.”

As lojas de rua funcionam neste sábado até as 18 horas. Nos shopping centers, o horário de atendimento vai até as 22 horas.