Curitiba - As vendas de veículos tiveram queda de 6,01% no Paraná em outubro com relação a setembro. Foram comercializados 28.899 veículos no Estado no mês passado. Na comparação com outubro de 2010, as vendas caíram 5,47%. No entanto, no acumulado do ano, o resultado foi positivo com aumento de 7,97% e a comercialização de 308.566 unidades.
O diretor da Fenabrave-PR, Marco Rossi, explicou que o mês de outubro foi considerado atípico. Segundo ele, os principais motivos que levaram à redução de vendas foram as férias coletivas em algumas montadoras no País, problemas com faltas de peças de fornecedores e uma maior restrição ao crédito.
Em outubro, os únicos segmentos que tiveram aumento de vendas foram caminhões (2,40%) e implementos rodoviários (5,45%). Rossi acredita que estes resultados estejam relacionados com substituição de frota de caminhões e com o desempenho do agronegócio e da safra paranaense. Em setembro, as vendas no Paraná tiveram elevação de 5,4%. A previsão é que com a entrada do 13º salário, as vendas comecem a aquecer já a partir deste mês de novembro e se mantenham desta forma em dezembro. ''Novembro deve fechar com vendas positivas, mesmo com dois feriados no mesmo mês'', disse.
Rossi acredita que logo também comece uma corrida maior às concessionárias para a compra de importados. A previsão é que a partir de 15 de dezembro o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos tenha um aumento de 16% a 20%.
Apesar da procura por importados, os carros populares ainda representam 48% das vendas do mercado. Este percentual já foi maior há dois anos quando chegava a 65%. Segundo ele, a previsão é fechar o ano com uma elevação de 8% nas vendas de veículos no Paraná. A estimativa das montadoras para o ano era de aumento de 5% a 6%. Para 2012, ainda não há projeções, que devem ser realizadas só em dezembro.
Importados
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), José Luiz Gandini, disse ontem que haverá falta de carros importados nas concessionárias no mês de dezembro. Ele prevê que a vigência das novas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para importados, a partir de 16 de dezembro, vai provocar uma corrida às concessionárias até a primeira quinzena do próximo mês.
Segundo ele, porém, não haverá veículos suficientes para atender a demanda dos consumidores. De acordo com Gandini, o ciclo de importação - que inclui pedido, confirmação do pedido, produção e período de transporte - é de no mínimo 90 dias. Como a suspensão do IPI só foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 20 de outubro, o setor não conseguiu fazer encomendas que chegassem antes da segunda quinzena de janeiro, quando as novas alíquotas já terão entrado em vigor.
De acordo com o vice-presidente da Abeiva, Paulo Kakinoff, a queda de 41,2% nas vendas de importados em outubro comparativamente a setembro foi motivada pela antecipação de compras por parte dos consumidores, que aproveitaram para adquirir veículo que já haviam sido faturados antes do anúncio do governo sobre o IPI, em 15 de setembro. Setembro registrou um recorde no ano em termos de vendas, com 22.569 unidades comercializadas. Em outubro as vendas somaram 13.264 veículos. (Agência Estado)

Imagem ilustrativa da imagem Vendas de veículos caem 6% no Paraná em outubro
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