Curitiba - Os lojistas paranaenses estão otimistas em relação as vendas para o Natal e parecem não se intimidar com o cenário econômico. A previsão é de um aumento de vendas de 10% a 14%, mesmo com a perspectiva de inflação e juros altos, valorização do dólar e a crise que atinge Estados Unidos e Europa. Sondagem encomendada pela Associação Comercial do Paraná ao Instituto Datacenso apontou que dos 200 lojistas consultados, 52% afirmaram que estão procurando mão de obra temporária e 11% disseram que vão optar pelos efetivos.
Os segmentos que mais vão contratar, segundo a pesquisa, serão as lojas de departamentos, calçados, vestuário, livrarias e papelarias. A maioria dos comerciantes (80%) disse que aumentará os estoques em 32% para a temporada do final de ano. As principais estratégias a serem utilizadas são lançamento de novas coleções, chegada de novos produtos; realização de promoções; kits promocionais e investimentos em propaganda.
A sondagem ouviu comerciantes de Curitiba entre os dias 22 e 26 de setembro, com margem de erro de 7%. O economista e diretor executivo do Instituto Datacenso, Cláudio Shimoyama, disse que os comerciantes estão otimistas mesmo com os juros altos, o aumento do dólar e a retração no crédito. Os aspetos positivos são o dinamismo do mercado de trabalho e a entrada de recursos com o 13º salário, gratificações e restituições do imposto de renda. Segundo ele, apesar de haver uma demanda grande para a contratação de temporários há segmentos carentes de mão de obra qualificada como vestuário e eletroeletrônicos.
Shimoyama acredita que a maior parte das vendas deve acontecer a prazo com cartão de crédito. De acordo com ele, esta pesquisa não abrangeu o valor médio de presente que o consumidor pretende comprar.
Em Londrina, a expectativa é ter vendas 10% maiores em relação ao Natal do ano passado. O diretor comercial da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Marcelo Ontivero, explicou que a inflação alta tira um pouco do poder de compra do consumidor. Ele estimou que o dólar alto também pode trazer algum impacto na venda de eletroeletrônicos.
A previsão da Acil é que o valor médio de presente fique entre R$ 150 e R$ 200. As vendas devem ocorrer metade à vista e o restante a prazo, que é o caso de presentes mais caros como smatphones e tablets.
Em Maringá, a tendência é que as vendas tenham um aumento de 10% a 11%. O consultor da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Joilson Dias, disse que 50% das vendas devem ocorrer à vista, 30% no cartão de crédito e 20% com boleto bancário ou carnê.

Imagem ilustrativa da imagem Vendas de Natal devem ser até 14% maiores no PR