SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A indústria da construção civil estima que a queda nas vendas de imóveis no mês de abril, o primeiro totalmente sob o impacto do novo coronavírus, tenha sido de 38,8%. Entre os lançamentos, a redução deve ficar em 63%.

A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (25) pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). De 10.306 unidades vendidas em abril de 2019, e 10.618, em março deste ano, a previsão do setor é a de que 6.498 imóveis tenham sido comercializados no mês passado.

O balanço do primeiro trimestre do ano já demonstra os primeiros efeitos da pandemia -a partir da segunda quinzena de março, os lançamentos praticamente desapareceram e as vendas despencaram.

No período de janeiro a março, a redução no número de empreendimentos lançados ficou em 15% ante o mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre de 2020, foram 18.388 unidades residenciais lançadas.

Na comparação com o quarto trimestre de 2019 -o melhor em dois anos- o tombo foi de quase 70%. Entre outubro e dezembro, foram lançados 59.553 imóveis no país.

As vendas acumuladas no primeiro trimestre foram maiores do que o mesmo período do ano passado, um aumento de 26,7%, mas 27% menores do que no trimestre anterior.

O adiamento dos lançamentos deve persistir. Pesquisa realizada pela Brain com a Cbic mostra um aumento no número de incorporadores que pretendem adiar a apresentação de novos negócios por mais tempo. Em março, 25% previam atrasar lançamentos em 60 dias. Em abril, esse percentual caiu a 16%. Agora, 28% esperam atrasar 120 dias, e 33% decidiram adiar sem prazo para começar.