O frio antecipado animou os varejistas que estão com os estoques preparados para as vendas do Dia das Mães, neste ano celebrado em 14 de maio. A data comemorativa é considerada a segunda melhor do ano para o comércio, atrás apenas do Natal, e com a queda nas temperaturas ainda em abril, a expectativa é que a procura por itens de inverno comece um pouco antes. Há lojistas que falam em crescimento entre 8% e 10% sobre a mesma data do ano passado, uma demonstração do otimismo do setor.

Há lojistas que falam em crescimento entre 8% e 10% sobre a mesma data do ano passado, uma demonstração do otimismo do setor
Há lojistas que falam em crescimento entre 8% e 10% sobre a mesma data do ano passado, uma demonstração do otimismo do setor | Foto: Gustavo Carneiro

Esse é o caso da proprietária da Mega Jeans, Patricia Teló, que tem duas lojas físicas em Londrina, além do e-commerce. Desde janeiro, a empresária vem observando um crescimento gradual dos resultados a cada mês, de 3% a 5% sobre o período anterior, mas em maio ela espera uma alta de até 10% nas vendas em relação a 2022. “Já tem gente procurando presente para o Dia das Mães, mas a maioria dos consumidores deixa para comprar o presente nos últimos dez dias, que são mais corridos. Estamos com as vitrines preparadas para a data e com propostas nas redes sociais. Mas o frio veio dar o boom que precisamos.”

Para se precaver de um possível aumento de preços ou da falta de produtos, Teló começou a se preparar ainda em janeiro e agora aguarda os compradores. “Estamos com as lojas bem completas, com muitas novidades. No ano passado, tivemos um inverno antecipado e, no final, em julho, faltou um pouco de mercadoria. Neste ano, estamos preparados e o Dia das Mães é o ápice das vendas”, comentou a empresária.

Crescimento de 10% nas vendas também é a aposta da empresária Júlia Sato, proprietária da D'July Moda Íntima. "Agora que acabou a ExpoLondrina, esperamos que reaqueça o movimento nas lojas de rua. As expectativas são boas, mas temos que aguardar até a próxima semana para termos certeza. O pessoal deixa para comprar sempre na última hora, mas creio que será bom. A gente está preparado para isso."

Nos próximos dias, a Fecomércio-PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná) e a Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) deverão divulgar suas pesquisas sobre a intenção de consumo para o Dia das Mães, mas antes mesmo das sondagens, o presidente do Sincoval (Sindicato do Comércio Varejista de Londrina), Ovhanes Gava, acredita que os números deste ano irão superar os do ano passado.

Historicamente, lembrou Gava, peças de vestuário, calçados, perfumes e flores são os artigos campeões em vendas, mas há ainda que se considerar a alta no fluxo de clientes em restaurantes. “Tudo isso acaba fazendo uma roda viva na economia de Londrina e região. Independente do cenário nacional, a gente aposta em mais um ano de crescimento nas vendas. O quinto dia útil, que em maio vai cair no dia 8, a segunda-feira antes do Dia das Mães, e o frio vêm para ajudar. Não arrisco um percentual, mas adianto que vai ser um número bastante positivo.”

O sindicato patronal e o sindicato dos comerciários, o Sindecolon, também já iniciaram as discussões sobre a viabilidade de o comércio de rua de Londrina funcionar em horário estendido, até as 21 horas, na quinta e na sexta-feira que antecedem o Dia das Mães. “O horário de funcionamento dos shoppings já é regulamentado até as 22 horas. O comércio de rua precisa dessa concorrência sadia com os shoppings”, argumentou Gava.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.