As lojas ainda vazias na manhã desta quinta-feira (5) não refletiam a expectativa dos lojistas para o Dia dos Pais. O avanço da vacinação, o horário estendido do comércio e o frio prolongado animaram os varejistas que projetam alta de até 30% sobre as vendas do mesmo período no ano passado. Eles esperam aumento no fluxo de clientes a partir desta sexta-feira (6), que é o quinto dia útil do mês e data em que sai o pagamento da grande maioria dos trabalhadores.

Imagem ilustrativa da imagem Vacinação, frio e horário estendido animam lojistas para vendas do Dia dos Pais
| Foto: Gustavo Carneiro

“O movimento começou muito bem já na segunda-feira (2). Os presentes estão bem variados. Há desde os consumidores que procuram por um artigo mais fino até os que querem peças mais em conta. Está bem equilibrado”, disse a sócia-proprietária da loja Sinézio Magazine, Solange Pieroli. O frio, que neste ano veio com mais força, ajudou a impulsionar as vendas e por ter investido bastante em artigos para o inverno, a loja tem conseguido atender ao gosto dos clientes, que gastam entre R$ 150 e R$ 300.

O horário estendido do comércio, destacou Pieroli, ajuda a atrair os consumidores, principalmente em época de pandemia, quando muitas pessoas evitam sair de casa para não se expor ao risco de contaminação. Durante a noite, o movimento nas lojas é mais tranquilo. “O Dia dos Pais é uma época muito boa para nós, é um segundo Natal e, felizmente, os filhos ainda gostam muito de presentear seus pais. Esperamos aumentar em 20% as vendas em relação ao ano passado”, comentou.

Gerente da loja de calçados Humanitarian, no calçadão, Carlos Ferreira demonstra otimismo em relação às vendas da data. Até esta quinta-feira, o movimento ainda era fraco, mas a partir desta sexta-feira a expectativa é de loja cheia. “Nós viemos de um primeiro semestre que não foi tão bom, mas no segundo semestre já entramos com uma energia diferente. Tem mais pessoas vacinadas e acho que tanto por parte do empreendedor quanto do consumidor, há uma mudança de comportamento. Nesse segundo semestre as pessoas estão em busca de uma normalidade.”

Segundo Ferreira, apesar da pandemia, as vendas do Dia dos Pais em 2020 conseguiram superar os resultados de 2019 e, para este ano, a perspectiva é de alta de 30% sobre o ano anterior. Na loja, o tíquete médio fica entre R$ 59,90 e R$ 69,90 e a maior procura é por chinelos ou sapatênis, mas cintos e carteiras também têm boa saída. Para os pais mais despojados, as opções são os tênis esportivos de marcas consagradas no mercado, que têm um valor um pouco maior.

“Por enquanto só estou olhando, mas devo comprar no sábado um presentinho para o meu pai, sim, para que a data não passe em branco. Acho que dá para gastar até uns R$ 120 ou R$ 130”, disse a consultora de beleza Maria Angélica Pezarini Fonseca. “Quero comprar uma coisa diferente para sair daquela mesmice de pijama, meia e cueca. Estou tentando ser mais criativa.”

A dona de casa Luciana Martins Fraga havia planejado comprar para o pai e o sogro uma bebida especial, mas as temperaturas baixas a fizeram mudar de ideia e nesta quinta-feira, ela circulava pelo centro de Londrina tentando achar peças de roupas mais quentes que coubessem no orçamento. “Não posso gastar mais do que R$ 300 nos dois presentes”, afirmou.

No final de julho, uma pesquisa realizada pela Faciap/Datacenso sobre a expectativa de compra e venda para o Dia dos Pais em 2021 apontou que 65% dos comerciantes paranaenses esperavam resultados melhores neste ano ante o mesmo período de 2020 e a perspectiva era de alta de 9,64% nas vendas neste ano.

O levantamento ouviu lojistas e consumidores em Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Francisco Beltrão e, nas seis regiões pesquisadas, Londrina destacou-se pelo otimismo. Entre os comerciantes locais, 76% disseram estar confiantes que as vendas do Dia dos Pais irão superar as de 2020, com alta de 13,48%. O tíquete médio apontado pelos consumidores londrinenses foi de R$ 153,45.