| |

Economia 5m de leitura

Unidade da Vikstar em Londrina vai fechar as portas

Telefônica, Vikstar e sindicatos fecharam acordo em mediação nesta quinta-feira (20) e todos os funcionários da empresa que trabalham na cidade serão demitidos

ATUALIZAÇÃO
21 de maio de 2021

Reportagem local
AUTOR

Com a homologação na Justiça do acordo trabalhista entre a Telefônica Brasil, sua terceirizada Vikstar Services Technology e os sindicatos dos trabalhadores em telecomunicações e telemarketing (Sinttel-Piauí, Sinttel-Paraná e Sintratel na cidade de São Paulo e Grande São Paulo), a previsão é que as demissões dos cerca de 1.200 trabalhadores da contact center em Londrina comece o quanto antes, segundo informações da BNZ Advogados, que representa a empresa. 

 

Em Londrina, 100% dos funcionários da Vikstar na cidade serão demitidos, e com isso a contact center fecha as portas na cidade. Ainda não se sabe se nas demais unidades da empresa, localizadas em São Paulo e no Piauí, os trabalhadores também serão demitidos em sua totalidade, mas o valor inicial das indenizações é de R$ 84 milhões.

A Telefônica é a única cliente da Vikstar, mas a tele rescindiu o contrato com a empresa no dia 18 de março por "questões relacionadas à deterioração financeira da empresa". 

A situação da contact center começou a ficar evidente quando houve atrasos no pagamento de salário dos funcionários neste e no mês passado. 

Os funcionários que aderirem ao Programa de Demissão Voluntária receberão um valor adicional de 20% do salário base por ano trabalhado; 30% para quem tiver de um a dois anos; e 20% por ano trabalhado para os que tiverem acima de dois anos, com teto de 1,5 salário. Quem aceitar o acordo não poderá ajuizar ação trabalhista.

João Augusto de Carvalho Ferreira, advogado responsável pela área de Reestruturação de Vidas e Insolvência e sócio da BNZ Advogados, considera que o acordo foi um avanço nas negociações que aconteceram no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TRT 22ª Região, do Piauí.

Sandro Marochi, diretor regional do Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Paraná) em Londrina, considerou o acordo satisfatório. "Não foi um excelente acordo, mas garantiu o recebimento de todas as verbas rescisórias, que são o mínimo direito do trabalhador." Segundo ele, o sindicato vai participar de todas as rescisões para garantir que os trabalhadores tenham seus direitos garantidos.

Ainda não há definições sobre a manutenção da Vikstar no mercado diante da perda da Telefônica como cliente. Conforme o advogado João Ferreira, a empresa está em busca de novos clientes e empreendendo esforços pela reestruturação e continuidade das atividades. 

PUBLICAÇÕES RELACIONADAS