UEL recebe projeto de novo Centro de Inovação
A nova unidade será construída no antigo prédio da Equipe Atacadista e integrará o Parque Tecnológico de Londrina
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quinta-feira, 26 de junho de 2025
A nova unidade será construída no antigo prédio da Equipe Atacadista e integrará o Parque Tecnológico de Londrina
Da Redação

A equipe de arquitetos responsável pela concepção do novo Centro de Desenvolvimento e Inovação da UEL (universidade Estadual de Londrina) apresentou nesta quinta-feira (26) o projeto arquitetônico do empreendimento, que será construído no antigo prédio da Equipe Atacadista, um espaço de 10 mil metros quadrados, localizado na confluência da PR-445 com a Rodovia Mábio Gonçalves Palhano. Atualmente, o enorme galpão é utilizado pelo Sistema de Arquivos (Sauel), responsável pela gestão de documentos e de patrimônio da universidade.
O Centro de Desenvolvimento e Inovação integra o Parque Tecnológico de Londrina, anunciado pelo governo do Paraná em março passado, que representa um hub de inovação integrado à estrutura acadêmica da UEL. O parque reunirá a Aintec (Agência de Inovação Tecnológica), o CIT (Centro de Inovação Tecnológica), que está sendo construído anexo à Aintec, no campus, e o Centro de Desenvolvimento e Inovação (batizado inicialmente de UEL TECH) que será edificado no prédio da equipe.
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O projeto completo tem investimento previsto de R$ 50 milhões, com a participação do Governo do Estado, que apoia a iniciativa através da SEI (Secretaria de Inovação e da Inteligência Artificial), Seti (Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) e da Fundação Araucária. O projeto arquitetônico do Centro de Desenvolvimento e Inovação foi custeado pela construtura A Yoshii, parceira da UEL e do governo do estado no projeto. A empresa também está investindo R$ 12 milhões nas obras do CIT (Centro de Inovação Tecnológica), no campus.
Impactos positivos
Segundo a reitora da UEL, Marta Favaro, o UEL TECH será o complemento do amplo projeto do Parque Tecnológico e possibilitará promover a inovação a partir de ativos da comunidade universitária, trazendo impactos positivos para toda a sociedade. “Este projeto representa uma sinergia entre a academia e a sociedade visando a criação do parque que unirá a produção de conhecimento, inovação e tecnologia e integrando as demandas do setor produtivo”, definiu.

Ela ressaltou a convergência de vários atores que participam do processo desde a Universidade e o governo estadual, a família A Yoshii (responsável pelo projeto do UEL TECH e pelo investimento no Centro de Desenvolvimento e Inovação. “Essa união é fundamental. É a junção de vários atores”, complementou.
Etapas da Inovação
Para o secretário Alex Canziani a apresentação do projeto arquitetônico é mais um passo para o processo que resultará na Parque Tecnológico de Londrina. Ele explicou que a proposta é realizar um trabalho articulado e em etapas que começa com a incubação de startups de base tecnológica na Incubadora da Aintec. Em uma segunda etapa, as empresas buscam amadurecimento no CIT (Centro de Inovação Tecnológica), que está sendo construído anexo à Aintec. A última etapa prevê a aceleração dos projetos de negócios na UELTech.
“Estamos vencendo mais uma etapa para concretizar esse grande projeto. Já temos R$ 18 milhões depositados junto à UEL para realizar toda a reforma daquele espaço. Vamos transformar a cidade de Londrina em um polo cada vez mais inovador e tecnológico”, considerou.
UEL TECH
O projeto da obra de reforma foi apresentado pelos arquitetos Zeca Spagnuolo e Rodrigo Biagi para representantes da Administração da UEL, da construtora A Yoshii e da Secretaria de Inovação e Inteligência Artificial. Também participaram representantes do Sebrae, prefeitura de Londrina e do Arranjo 43 (Ecossistema de Inovação de Londrina). Durante a apresentação, eles detalharam como deverá ficar o amplo barracão após as obras de reforma. A entrada será mantida pela PR 445, que receberá um pórtico, nova fachada e guarita de segurança. O prédio terá espaço para reuniões, sala de treinamento e setor administrativo. O espaço onde hoje funciona o Sauel deverá ser preservado.

A proposta dos arquitetos é de o espaço interno tenha versatilidade, podendo ser modificado por meio de módulos. Dessa forma o projeto contempla um hall interno amplo e flexível com capacidade para acomodar até 300 pessoas simultaneamente, como em um centro de eventos.
O projeto também contempla um auditório e uma arena livre, cafeteria e uma ala destinada a sanitários, copa e área de serviço. Uma boa parte do prédio será direcionada à incubação de empresas de base tecnológica. O projeto contempla 15 espaços para incubação de negócios medindo 150 metros quadrados cada um. Para chegar a esta proposta, os arquitetos realizaram visitas a centros de inovação existentes em outras cidades brasileiras como Porto Alegre e São José dos Campos.
Os projetos complementares serão feitos por profissionais de Londrina, ex-alunos e professores aposentados dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura. O trabalho será coordenado pelo engenheiro Alexandre Cordeiro, egresso da UEL, atualmente coordenador do Núcleo Regional de Londrina da Secretaria de Inovação e da Inteligência Artificial. (Com Agência de Notícias da UEL)

