Uma pesquisa realizada pela Paraná Turismo e o Cepatur (Conselho Paranaense de Turismo) mostrou que 70% dos 1.050 empresários entrevistados acreditam em uma recuperação plena do turismo somente a partir de 2021. A Sondagem dos Impactos da Covid-19 concluiu que, no momento, o setor está retomando as atividades de forma gradual. Os dados foram coletados de 4 a 16 de setembro.

Imagem ilustrativa da imagem Turismo espera recuperação plena a partir de 2021
| Foto: José Fernando Ogura/AEN

Ainda de acordo com a sondagem, apenas 18% dos hotéis do Paraná tiveram mais do que 40% de ocupação em setembro. A pesquisa também revelou que 65% das empresas do setor demitiram pelo menos uma pessoa no período e que menos de 6% fizeram contratações. A previsão de empresários é que as reposições de vagas de trabalho devam acontecer somente entre janeiro e fevereiro.

A pesquisa nasceu entre os meses de março e abril com a intenção de entender as necessidades do empresário e a visão do turista nos momentos iniciais da pandemia, além de ter servido como embasamento para o Projeto de Retomada do Turismo no Paraná. A segunda edição da sondagem, com dados coletados de 4 a 16 de setembro, foi feita por uma necessidade de reavaliação dos resultados da primeira edição.

A diretora técnica da Paraná Turismo, Isabella Tioqueta, observa que o resultado da sondagem corrobora com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam aumento de 28% nas atividades turísticas na comparação entre os meses de julho e agosto. Na sua avaliação, o turismo está, sim, retomando de forma gradual, especialmente em alguns segmentos em que as atividades são realizadas ao ar livre, como o turismo de aventura, o ecoturismo e o turismo rural.

GUIAS

A Paraná Turismo lançou também os resultados da Sondagem dos Impactos da Covid-19 com os guias de turismo, que foi feita durante o mês de setembro. Assim como na sondagem feita com os empresários, a maioria dos 140 guias (41%) respondentes também acredita que as atividades turísticas só devem retornar plenamente somente a partir do segundo semestre de 2021.

A pesquisa apontou também que entre os guias respondentes, 32% conseguiram se manter operacionais após o decreto de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março.

Com relação às medidas governamentais mais relevantes para a minimização da crise provocada pela pandemia, 23% acreditam que a principal delas seja a promoção de campanhas publicitárias para incentivar o turismo, enquanto que 17% acreditam que a principal medida seja a disponibilização de auxílio financeiro para capital de giro.

Esses dados refletem outra informação apontada pela pesquisa, a de que 57% dos guias responderam que necessitam de crédito durante o período de pandemia. Até por conta dessa necessidade, 22% tiveram que adotar o corte de custos como principal medida de mitigação dos impactos da pandemia, enquanto que 18% passaram a trabalhar com remarcações ou adiamento de serviços.(com informações da Agência Estadual de Notícias)