Um grande aglomeração com um princípio de tumulto chamou a atenção de quem passou pela rua Alagoas, nas proximidades com a Avenida Duque de Caxias, na região central, na tarde desta quarta-feira (6), véspera do Feriado da Independência.

Enquanto muitos trabalhadores contavam as horas para a folga nesta quinta, funcionários do setor mercadista se aglomeram em frente ao Siemerc (Sindicato dos Empregados no Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios em Mercados, Minimercados, Supermercados e Hipermercados de Londrina) para pedir a isenção da taxa de colaboração sindical.

O edital previa o prazo para o procedimento se encerrava às 16 horas. Após este horário, o portão da entidade foi fechado e os atendimentos suspensos, o que gerou revolta em muitos trabalhadores. Uma faturista de um supermercado da cidade, disse que o comunicado da empresa só havia sido feito na terça-feira (5) e dizia que o prazo se encerrava na sexta-feira (8).

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“A empresa nos avisou ontem sobre o prazo. A gente chegou aqui e estava uma confusão. O sindicato poderia ter distribuído senha. Não fizeram, aí foi um tumulto. Gente se aglomerando, cortando fila, uma bagunça”, criticou. “Ano passado ficamos debaixo de chuva, mas foi mais tranquilo”, contou.

Segundo outra funcionária que preferiu não se identificar, o procedimento precisa ser feito um vez ao ano para evitar o desconto que, segundo ela, pode chegar aos R$ 150. “Para mim faz falta. É um dinheiro que ajuda nas contas”, expõe. Ela também reclama da atuação do sindicato. “Deixam muito a desejar”, opina.

Assistente administrativa do Siemerc há 12 anos, Ana Paula Sanches Caetano, lamenta a falta de conscientização de parte da categoria sobre a importância do sindicato nas conquistas da classe. “É uma ideia antiga que muitas pessoas têm que o sindicato ‘não faz nada’. É claro que as reivindicações da categoria, que é muito sofrida, são justas, mas com certeza seria pior sem a atuação do sindicato”, responde.

Ela não soube precisar o número de trabalhadores que procuraram o sindicato nesta quarta, porém segundo ela, do total de cerca de 10,5 mil trabalhadores do setor, cerca de 3,5 mil fazem, anualmente, o pedido para a retirada da cobrança da taxa de colaboração.