O Senai tem dois projetos de inovação voltados ao setor químico em Londrina. Um deles é um consórcio entre várias empresas de baterias, entre elas a Rondopar, em Londrina, e a Elo Componentes, em Ibiporã. Trata-se do desenvolvimento de uma bateria melhorada para o sistema start-stop dos veículos. O sistema start-stop faz com que o carro emita menos poluentes, desligando o motor quando o veículo está parado no semáforo ou no trânsito, por exemplo. O sistema traz benefícios ao meio ambiente, mas exige muito mais da bateria, explica Marcos Berton, pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inovação Eletroquímica. "Para o sistema (start-stop) funcionar ele depende de um componente crítico. A bateria tem que ter energia para o carro ligar novamente." Segundo Berton, a tecnologia já existe, mas não é nacional. A solução será entregue pelo Senai em até 24 meses.

Em Londrina, o Senai também ajudou a Angelus, fabricante de produtos odontológicos, a desenvolver um nanomaterial para a produção de próteses. "A nanotecnologia atinge a necessidade de maior resistência e menor desgaste. Para o segundo semestre, está previsto mais um projeto, no valor de R$ 1,7 milhão, para a Tamarana Tecnologia Ambiental - o desenvolvimento da primeira bateria nacional para o setor de aviação. A Elo Componentes fará as placas e a Rondopar fará a montagem das baterias.

De acordo com Berton, o setor químico predomina dentre os projetos contratados no Senai e totaliza investimento de mais de R$ 4 milhões na área de baterias. "Nosso instituto tem vocação para a área de baterias", comenta o pesquisador-chefe. Principalmente em função da evolução dos automóveis, esse segmento tem necessidade constante de inovação. "A indústria de baterias ou inova ou, à medida que os anos passam, vão perdendo mercado, pois os carros mudam, a tecnologia muda."(M.F.C.)