O Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina) inicia na madrugada de segunda-feira (12), a partir das 4h, a coleta de assinaturas dos funcionários do transporte público urbano de Londrina para dar o aval a uma proposta de aumento salarial, que já foi apresentada às empresas LondriSul e Transporte Coletivo Grande Londrina, e o resultado da discussão foi obtido por meio de várias reuniões.

De madrugada, o sindicato fará a coleta das assinaturas nas portas das garagens das duas empresas e no período da tarde haverá coleta de assinaturas nos terminais urbanos, além de manter urnas itinerantes. A apuração da votação será feita a partir das 16h de segunda. Um boletim informativo já foi emitido para todos os trabalhadores sobre essa negociação.

A proposta que consta no boletim é de um aumento de 6,5% para eliminar as perdas inflacionárias e a falta de reajustes por dois anos, e a elevação de R$ 450 para R$ 590 o valor pago no tíquete alimentação. A média salarial dos trabalhadores, segundo o sindicato, é de R$ 3.060.

O valor foi baseado no pedido de recuperação das perdas salariais que ocorreram entre os anos de 2020 e 2021 para o trabalhador por conta da pandemia de Covid-19, período em que também não houve reposição salarial. O sindicato pede a reposição da perda de 31% no valor do tíquete alimentação também pelas perdas ocorridas durante a pandemia.

Segundo informações do sindicato, a empresa TCGL (Transporte Coletivo Grande Londrina) tem cerca de 800 funcionários e a Londrisul possui 500. Conforme dados apresentados pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) aos vereadores em outubro, o número de viagens mensais no transporte coletivo de Londrina cresceu de 1,69 milhão em janeiro de 2022 para 2,43 milhões em setembro.

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De acordo com José Faleiros, presidente do Sinttrol, este ano, nas negociações, eles fizeram umas três reuniões na CMTU, umas três reuniões com a TCGL e com a Londrisul separadamente e informalmente, e depois foram realizadas mais duas reuniões com a participação da CMTU e das empresas nos dias 7 e 8 das quais foram tiradas uma proposta. "Depois de seis ou sete conversas entre o sindicato e empresas nós tiramos esta proposta que está aí e que vai ser levada para assembleia. A assembleia já está convocada para segunda-feira e as negociações nunca são tranquilas, mas é devido a devido àquele projeto de lei que passou pela Câmara e sancionada pelo prefeito Marcelo Belinati no fim do ano passado e que passou a valer a partir de primeiro de janeiro de 2022 que as negociações foram mais serenas entre o sindicato, empresas e poder público." De acordo com ele, os salários e as vantagens que existem nos acordos políticos para os trabalhadores, somados aos encargos sociais, têm um peso importante que chega a ser 50% do custo do sistema para pagamento de pessoal. "Então tem um impacto significativo. Se vai ou não haver reajuste tarifário, ou se o prefeito vai subsidiar a tarifa, quem trata desse assunto é a CMTU e o prefeito Marcelo Belinati", declarou.

Da mesma forma, os trabalhadores querem a renovação das condições pré-existentes de acordos trabalhistas por meio de convenção coletiva, além da manutenção da PPR (Programa de Participação nos Resultados).

EMPRESAS E CMTU

A reportagem procurou as assessorias de imprensa das duas empresas que operam na cidade para saber se a proposta pode desencadear um pedido de aumento na tarifa de ônibus na cidade e a Londrisul respondeu que daria o retorno na segunda-feira (12) sobre o assunto. Já a assessoria da Grande Londrina afirmou que a empresa não vai se manifestar. O valor da tarifa na cidade é R$ 4.

A assessoria da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) afirmou que só acompanhou as reuniões entre os trabalhadores e as empresas e, como é uma negociação entre empregadores e funcionários, disse que não vai se manifestar.

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