Em assembleia realizada nesta segunda-feira (27), os funcionários da fábrica da Renault em São José dos Pinhais decidiram pela manutenção da greve, que começou na última quarta-feira (22). A paralisação ocorre em protesto contra as 747 demissões e o encerramento do terceiro turno de trabalho, anunciados pela empresa no dia anterior.

Empregados da fábrica da Renault em São José dos Pinhais se concentraram do último domingo (26) em frente ao Palácio Iguaçu para cobrar a intermediação do governo estadual em favor dos trabalhadores
Empregados da fábrica da Renault em São José dos Pinhais se concentraram do último domingo (26) em frente ao Palácio Iguaçu para cobrar a intermediação do governo estadual em favor dos trabalhadores | Foto: Divulgação

Segundo o Simec (Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e Região), os trabalhadores permanecerão de braços cruzados até que a direção da fábrica concorde em negociar a reintegração dos funcionários desligados e apresente nova proposta de acordo salarial.

O Simec alega que a empresa rompeu as negociações sem cumprir o prazo de 72 horas que a entidade havia oferecido para buscar alternativas de acordo que evitassem os desligamentos.

A Renault justifica que os desligamentos foram resultado do agravamento da crise decorrente do novo coronavírus e que desde março vinha aplicando medidas para tentar reverter o impacto da Covid-19 no setor.