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Economia 5m de leitura

Terminal de Cargas do Aeroporto de Londrina perde status alfandegário

Lideranças defendem potencial do terminal para a impulsionar a economia da região e pedem explicações à CCR

ATUALIZAÇÃO
24 de fevereiro de 2023

Celso Felizardo
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Terminal de Cargas do Aeroporto de Londrina perde status alfandegário

Um Ato Declaratório da Receita Federal, publicado na edição desta quarta-feira (22) do Diário Oficial da União, retirou o status alfandegário do Teca (Terminal de Cargas Aéreas) do Aeroporto Governador José Richa, de Londrina. O terminal havia recebido a permissão em abril de 2022, o que abria caminho para o fortalecimento da economia com maior facilidade de acesso ao comércio exterior, tanto em importações como em exportações.

Lideranças regionais defendem a viabilidade, em médio prazo, do fortalecimento das relações internacionais das empresas do Norte do Paraná com fornecedores e compradores de outros países. Em reunião, no dia 10 de fevereiro, com o grupo de trabalho criado pelo Município que reúne entidades, associações além de segmentos políticos e empresariais, a CCR Aeroportos expôs a baixa demanda atual do serviço, mas não mencionou sobre a mudança operacional.

O presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Alex Canziani, solicitou uma nova reunião com a diretoria de Logística da CCR para que eles apresentem um estudo sobre a operação do Teca, com números que evidenciam essa justificativa. A CCR ficou de agendar essa reunião para os próximos dias. “Foi com surpresa que nós recebemos essa notícia, pois queremos mostrar o potencial que nós temos, e agora, reverter essa decisão”, disse Canziani.

De acordo com o coordenador do grupo de trabalho sobre o Aeroporto de Londrina e superintendente do Grupo Folha de Londrina, Nicolás Mejía, a diretoria local da CCR Aeroportos já havia manifestado preocupação em relação a não sustentabilidade do Terminal de Cargas. “Estamos acompanhando as melhorias que estão sendo projetadas e já realizadas no Aeroporto e também trabalhando em parceria com a Codel para avaliar a situação do Terminal de Cargas. Estamos avaliando as possibilidades de se aumentar esta demanda, o volume de carga. Acreditamos que, há sim, viabilidade para se manter a alfândega aqui”, analisa Mejía.

O comércio exterior por tráfego aéreo ganha importância, principalmente, quando o assunto é a indústria da transformação, voltada à alta tecnologia. Com a construção da Cidade Industrial finalmente saindo do papel, a presença de uma alfândega aeroportuária para o transporte de cargas é, na visão de especialistas, importante para a atração de grandes empresas. 

Em nota encaminhada por sua assessoria de imprensa, a CCR Aeroportos informou que desde que assumiu a gestão do aeroporto de Londrina mapeou a demanda de importações e exportações de todos os seus terminais de cargas alfandegados. No levantamento, foi identificado que o Teca de Londrina estava sem operações há mais de dois anos, por falta de demanda. "Após avaliações junto ao mercado, e tendo em vista a baixa perspectiva de crescimento das operações, a opção foi desalfandegá-lo a fim de dar destinação da área para a carga nacional", explicou a CCR.(Colaborou Simoni Saris)

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